Em reunião online nesta terça-feira, e com a presença de todo o "alto escalão" do sistema integrado da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Secult), o secretário Leônidas Oliveira se comprometeu em atender boa parte das solicitações que secretários municipais de turismo e gestores de associações encaminharam na segunda-feira em ofício encaminhado ao governador Romeu Zema.
No documento, secretários e gestores solicitaram ao governo do Estado a flexibilização das restrições, a inclusão em todas as ondas da abertura de parques, o apoio da Secult para promoção de Minas como destino seguro, a apresentação de um cronograma de vacinação, com apoio para compra de imunizantes pelo consórcio de municípios, e a criação de programa de auxílio emergencial para os trabalhadores da cultura e turismo.
Após a reunião, Oliveira reafirmou sua expectativa de que o Estado retroceda à Onda Vermelha, o que permitiria a reabertura de meios de hospedagem e dos parques. "Foi feito um pacto junto aos gestores, mostramos também o projeto da Secult de retomada. Todos os itens estão sendo atendidos, menos o cronograma de vacinação, porque depende de vários fatores, inclusive internacionais", afirma.
"A promoção, a abertura consciente, a criação de linhas de crédito, temos ainda recursos do BDMG, por meio do Fungetur (Fundo Geral de Turismo), que não foram usados, o Pronampe também está para sair, além da lei de eventos. A extensão do prazo da Lei Aldir Blanc está sendo aprovada hoje (13). Temos R$ 165 milhões para a Secult colocar no mercado da cultura e do turismo", afirmou.
Das ações enumeradas para salvaguardar empresas e empresas nos municípios, apenas a retirada da onda roxa das regiões do Estado e a aceleração do cronograma de vacinação não dependem diretamente da Secult. Nesta quarta-feira, o Comitê Extraordinário da Covid-19 deve se reunir novamente para deliberar sobre a retirada ou não de 14 regiões do Estado da Onda Roxa, decretada em 17 de março.
Bruno Rosa, secretário de turismo de Camanducaia, que tem como distrito Monte Verde, afirmou que "a reunião nos deu pode de fala e isso nunca tinha acontecido antes". Segundo ele, o secretário se comprometeu a negociar junto às secretarias de Estado da Saúde e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável a abertura dos parques e retomar a promoção de Minas Gerais como destino seguro.
Para Marcus Vinícius Januário, presidente da Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur-MG), disse que o período é muito crítico em Minas, nunca se viu tanta empresa fechando as portas. Januário está com expectativa de que as solicitações serão atendidas. Reuniões já estão agendadas, segundo dele, nas próximas semanas para fazer um planejamento para dar andamento às ações.