Antes de prosseguir na leitura, pare para imaginar este número: 1.000.000.000.000.000. É 1 quatrilhão, ou mil trilhões. Agora pense em 200 quatrilhões. Esta é a quantidade de cálculos por segundo que o Summit, o novíssimo supercomputador mais potente do mundo, é capaz de fazer. Ele é mais de 1 milhão de vezes mais poderoso que o melhor laptop. Na prática, a humanidade ficou para trás. Se cada um dos 7,4 bilhões de habitantes do mundo fizesse um cálculo por segundo, levaríamos 305 dias para realizar uma operação que o Summit faz instantaneamente.
Desenvolvido nos Estados Unidos por meio de parceria entre a IBM e a Nvidia, o Summit entrou em operação nesta semana – mas, segundo a IBM, antes mesmo do fim dos testes ele já estava funcionando. A máquina mais rápida do mundo vai permitir avanços, por exemplo, na astronomia e na busca por cura de doenças.
Algoritmos de aprendizado de máquina na escala do Summit poderão suprir pesquisadores com detalhes sobre a população que sofre de câncer num nível antes obtido apenas com pacientes de testes clínicos limitados. A inteligência artificial também pode ajudar a alcançar resultados positivos em tratamentos de doença de Alzheimer, problemas cardíacos e vícios.
Cientistas também terão uma “ajudinha” para identificar novos componentes para baterias, materiais mais resistentes para construção e semicondutores mais eficientes, o que pode impactar toda a indústria de tecnologia. Ao treinar algoritmos para predizer propriedades dos diferentes materiais, pesquisadores poderão responder a questões há muito sem solução. Na astrofísica, ele pode simular explosões de estrelas e rastrear a formação de materiais na Terra, como ouro e ferro.
A IBM desenvolveu uma nova arquitetura computacional, na qual a computação está embutida em todos os lugares em que os dados residem. “Criando esses supercomputadores, estamos construindo as máquinas de ponta mundial em inteligência artificial”, disse a diretora de infraestrutura cognitiva da IBM, Hillery Hunter. Outra mudança radical, segundo a IBM, é que o Summit foi construído com componentes disponíveis para qualquer empreendimento – toda a tecnologia usada é parte da linha de produtos da empresa.
Origem. Em março de 2014, o Departamento de Energia dos EUA encomendou dois supercomputadores à IBM. O resultado é o Summit e sua máquina irmã, Sierra.
Sem igual
“É a Fórmula 1 da computação. É onde as empresas testam tecnologia de ponta em uma escala sem precedentes.”
John Kelly
Vice-pres. de pesquisa
“O Summit vai empurrar os limites da computação e compre- ensão humana.”
Ginni Rometty
Presidente da IBM