Presença

Frutos de Goiás quer chegar a 50 lojas em 4 anos em Minas

Marca de picolés e sorvetes tem dois quiosques e sete lojas em BH e outras 13 no interior

Por Helenice Laguardia
Publicado em 08 de setembro de 2016 | 03:00
 
 
 
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Certa vez, o casal Alexânia e Sandro Carvalho passava férias em Vitória (ES) e ficou hospedado em um hotel em frente a uma loja de sorvetes e picolés, a Frutos de Goiás. Eles experimentaram 27 sabores e voltaram para Belo Horizonte com vontade de continuar consumindo o produto, mas não encontraram sequer uma unidade da marca. Isso foi em outubro de 2013. Então, a advogada Alexânia e o contador Sandro viram uma oportunidade de negócio e, em 2014, abriram a primeira loja Frutos de Goiás na capital mineira. Hoje, já são sete lojas e dois quiosques em Belo Horizonte, e, no interior do Estado, são 13 lojas com geração de cem empregos diretos. Donos de duas unidades e dois quiosques em BH, Alexânia e Sandro assumiram também a distribuição e o licenciamento das lojas Frutos de Goiás no Estado.

Agora, o desafio é expandir a companhia, que produz 45 tipos de sorvete e 80 tipos de picolé. A rede pretende abrir dez lojas até 2017. “Nossa meta é encontrar pessoas que queiram trabalhar no interior de Minas. Já tenho em andamento oito confecções do negócio”, conta o diretor executivo.

E, nos próximos quatro anos, a meta é chegar a 50 lojas em Minas Gerais, que é o segundo Estado em venda de picolé da marca.

Para conseguir crescer tão rápido, Carvalho conta com o diferencial da Frutos de Goiás em relação aos demais concorrentes, entre eles gigantes multinacionais. “Até 90% do sorvete é só fruta”, diz o contador, que também ressalta pouca sazonalidade que envolve o negócio.

Vantagens. Com uma média de vendas de R$ 40 mil a R$ 45 mil por mês na lojas e de R$ 20 mil a R$ 25 mil mensais no quiosque, o retorno acontece de 28 a 36 meses. A abertura de unidades se dá por meio de licenciamento da marca, sem cobrança de royalties – como acontece no sistema de franquia – , o que permite um investimento menor.

Assim, a taxa de licenciamento é de R$ 35 mil para a loja, e, no caso do quiosque, são R$ 15 mil, fora a montagem e a compra dos produtos. São necessários ao menos cinco funcionários em cada ponto de venda. “Para a montagem (do espaço), o custo é de R$ 800 por m². O ideal é ter acima de 50 m²”, explica Carvalho.

Quanto aos líderes de vendas, os picolés de coco, abacate e morango são os mais procurados. A marca investe em produtos feitos à base de água em cerca de 20 picolés e três sorvetes, além dos seis picolés diet. “Janeiro é um mês bom, mas fins de semana são melhores. Calor e férias agregam muita receita”, diz Carvalho.

Grandes números

45 tipos de sorvete e 80 tipos de picolé tem a Frutos de Goiás

R$ 40 mil a R$ 45 mil por mês é a média de venda em uma loja da Frutos de Goiás

28 meses a 36 meses é o tempo necessário de retorno do investimento no negócio

Fábrica em Goiânia nasceu com pequeno aporte

Numa pequena fábrica de doces em Goiânia (GO), Ailton de Almeida trabalhava com toda a família. Em 1982, um dos filhos, Adilson, resolveu fabricar sorvetes e picolés. Então, vendeu sua máquina de lavar para comprar uma máquina de sorvetes e um freezer.

Com a aprovação dos primeiros consumidores, comprou um carrinho de picolés e foi às ruas vender. Aquele único carrinho de picolés cresceu para cem novos parceiros.

O crescimento das vendas foi além do imaginado, e a fábrica de sorvetes verde limão ficou pequena para a demanda do mercado. Alguns consumidores queriam fazer parcerias, colocando freezers em seus comércios e até mesmo montando novas sorveterias com os produtos fabricados.

Assim, em março de 2011, deu-se início à fábrica de sorvetes e picolés Frutos de Goiás. Atualmente, são mais de 160 lojas no Brasil.

Além dos sabores tradicionais, a Frutos de Goiás produz picolés e sorvetes de frutas como abacate, cajuzinho do cerrado, cajá-manga, açaí, graviola, seriguela, umbu, taperebá, cupuaçu, pequi, araticum e murici, entre outras.

Sucesso. Para o diretor executivo da marca em Minas Gerais, Sandro Carvalho, o sucesso do produto se dá pela capacidade de se sentir o gosto da fruta no picolé ou no sorvete. “Existe a industrialização, mas a qualidade é superior à média”, explica. (HL)

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