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Antes dos 40, Jetta entrou no bisturi

Com passaporte carimbado para o Brasil, novo Volkswagen Jetta alia desempenho, tecnologia e requinte em sua sétima geração

Qua, 23/05/18 - 03h00

Poucos carros são tão representativos atualmente quanto o Jetta no line-up da Volkswagen. O sedã médio está prestes a atingir sua quarta década de vida – surgiu em 1979 , e sua sétima geração foi apresentada no último Salão de Detroit, em janeiro deste ano. No Brasil, o modelo deve aparecer no próximo Salão de São Paulo, que abrirá as portas no dia 8 de novembro. As vendas não devem começar antes de 2019 no país, e ele será importado do México.

O três volumes finalmente adota a plataforma MQB, moderna e versátil, que já é usada por quase todos os modelos de motores transversais do grupo Volkswagen, como os Volkswagen Golf, Polo e Tiguan e os Audi A3 e Q2, por exemplo. O carro está 4,3 cm mais comprido do que antes, com um total de 4,70 m, com distância entre-eixos de 2,68 m. Com a adoção da nova plataforma, o peso foi reduzido em aproximadamente 100 kg e fica em 1.373 kg quando equipado com transmissão automática.

O motor é o quatro cilindros 1.4 turbo que move os Volkswagen Golf e Tiguan e os Audi A3 e Q3, além do próprio Jetta de sexta geração em sua versão de entrada, Comfortline – a Highline recebe um 2.0 TSI de 211 cv, que equipa o Golf GTI. Movido a gasolina, o 1.4 rende 150 cv e 25,4 kgfm de torque. Durante a apresentação do novo Jetta no Salão de Detroit foi anunciado que, para os Estados Unidos, a transmissão seria automática com oito velocidades. No mercado mexicano, no entanto, foi adotado o câmbio automático Tiptronic de seis marchas. 

Em termos de segurança, todas as versões trazem seis airbags, freios a disco nas quatro rodas, ABS, controle eletrônico de estabilidade e tração e, no caso da variante Highline, sensor de ponto cego e câmara de ré. O interior reserva uma central multimídia com tela touch de oito polegadas e diversos recursos tecnológicos. Além de alta resolução e GPS, ela traz compatibilidade com sistemas Android Auto, Apple CarPlay e até mesmo MirrorLink. O ar-condicionado é de duas zonas e a configuração mais cara conta também com teto solar elétrico e bancos com aquecimento e refrigeração. 

No México, os preços partem de 329,9 mil pesos mexicanos, cerca de R$ 59 mil, na versão Comfortline, e de 422,9 mil pesos mexicanos na mais cara, a Highline, ou seja, próximo a R$ 75,5 mil. No Brasil, no entanto, a sexta geração está sendo entregue por R$ 94.190 e R$ 108,6 mil, nas mesmas configurações, respectivamente.

 

Interior é espaçoso e agradável

O interior do Volkswagen Jetta já prende a atenção pela montagem com materiais de qualidade e muito bom gosto. Plásticos macios e inserções em tom de grafite, além de preto brilhante, se misturam a acabamentos metálicos nos botões e no volante, criando uma atmosfera agradável, sóbria e elegante. A tela da central multimídia, com oito polegadas, traz excelente resolução e brilho e também se mostra bem rápida, na mesma velocidade dos telefones celulares de última geração. 

O ar-condicionado automático e dual zone e o teto solar avantajado com cortina translúcida favorecem a experiência a bordo. Os assentos são forrados em couro sintético e recebem bem seus ocupantes, sendo bastante confortáveis para longas viagens. Atrás, há muito espaço para as pernas e dois adultos viajam com total conforto. Um terceiro ocupante pode se ajustar ali, mas faz com que algum aperto apareça. Há decepções para quem viaja na parte traseira: faltam entrada USB, saídas de ar e tomada de 12 V.

 

Câmbio Tiptronic não decepciona no sedã

A adoção da transmissão automática de seis velocidades não decepciona, afinal, optar pela de oito marchas oferecida no mercado dos Estados Unidos deixaria o sedã bem mais caro. E como não há a intenção de vender o novo Jetta na Europa, não faria sentido desenvolver variantes com dupla embreagem. 

A caixa adotada não chega a ser tão ágil quanto a DSG, mas pode ser mais confiável no médio e longo prazo em função da manutenção mais barata. 

Além disso, aliada ao propulsor 1.4 turbo de 150 cv, há torque suficiente para acelerar com facilidade. Mesmo não sendo a principal proposta de um sedã médio, é possível extrair boa dose de esportividade do modelo.

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