Moto

Honda renova a linha com a NXR 160 Bros

Japoneses lançam modelo com mais recursos e potência para manter a folga na liderança

Sáb, 15/11/14 - 03h00

A Honda reagiu rápido. Foram apenas oito meses entre a chegada da rival Yamaha XTZ Crosser 150, em março, e a apresentação de uma nova geração da NXR 160 Bros, que chega nesta segunda quinzena de novembro às concessionárias. Nessa reação, a Honda tratou de reformular completamente sua motocicleta. A Bros ganhou um conjunto ótico maior, nova carenagem frontal e sobre o tanque e lanternas com sobrelente cristal – o que cria o que a marca chama de efeito 3D. O banco se prolongou sobre o tanque, que ficou mais baixo. O escapamento foi inclinado para cima em 5º e quase se oculta sob as alças da garupa.

A Honda mexeu profundamente também na mecânica. Para começar, o chassi de berço semiduplo foi redesenhado. A trave central foi rebaixada para ganhar volume no tanque, que passou a acomodar internamente a bomba de combustível. Com essas mudanças, o guidão ficou mais próximo do piloto, a pedaleira foi levemente rebaixada, e o banco, elevado. Já a suspensão teve apenas o ângulo de cáster mudado.

O motor flex teve o curso do pistão aumentado em 5 mm, para ganhar mais torque em baixa rotação. A altura do cabeçote foi reduzida, e o virabrequim foi redesenhado. O resultado disso foi um aumento de cilindrada, que passou de 149,2 cm³ para 162,7 cm³. A potência máxima agora é de 14,7 cv a 8.500 giros, contra 14 cv a 8.000 rpm de antes, e o torque é de 1,60 kgfm a 5.500 giros, frente aos 1,53 kgfm a 6.000 rpm da NXR 150 – sempre com etanol no tanque. A Honda aproveitou a mexida para já adequar o propulsor à segunda fase do Promot 4, que entra em vigor em janeiro de 2016.

Impressões

A NXR 150 Bros sempre funcionou muito bem. Como se exige em sua categoria, tinha agilidade, força e destreza para encarar estradas de terra e ruas esburacadas nas cidades. A nova NXR 160 Bros também tem as mesmas qualidades, mas em um patamar ligeiramente superior. Manteve características agradáveis, como maneabilidade exemplar e posição de pilotagem das melhores, mas agora exige menos trocas de marcha. Em subidas de rampa, então, a diferença é notável. O torque maior vem mais cedo e torna a condução mais fácil e agradável.

Os ganhos de velocidade também são mais consistentes por causa da extensão da faixa útil do motor. Ainda assim, o ambiente rodoviário não é o mais adequado para a Bros. Por outro lado, os freios e a ciclística estão melhores. Ela encara curvas no asfalto e valões na terra com mais desenvoltura.

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