Moto

Linhagem em avançado estado evolutivo

Nova geração da GSX-R 1000 coloca a gama superesportiva da Suzuki em patamar superior de performance e comportamento

Qua, 14/06/17 - 03h00

A série GSX-R está entre as mais emblemáticas do portfólio da Suzuki. Ela surgiu em 1984, com uma moto de “apenas” 400 cm³, mas já era considerada uma grande revolução para a época, em função de seu design forte e comportamento esportivo capaz de surpreender. No ano seguinte, veio outra de 750 cc e, já em 1986, uma GSX-R 1100. A motorização topo de linha só foi substituída 15 anos depois, no novo milênio, e se mantém em produção até hoje, mas devidamente renovada. A última geração, apresentada pela primeira vez em 2015, finalmente chegou à Europa.

Até poucos anos atrás, falava-se da Suzuki GSX-R 750 como uma das opções mais vantajosas para aqueles que não buscam uma moto de pista. Isso porque seu tamanho e peso são semelhantes aos de uma 600 cm³ e, ao mesmo tempo, oferece potência próxima à da GSX-R 1000. Mas isso mudou: agora, a Suzuki GSX-R 1000 tem peso e tamanho comparável à 750, mas a diferença na potência ultrapassa os 50 cv – são 202 cv contra 150 cv.

A ciclística foi extensivamente revista. Chama atenção a parte central da motocicleta: a Suzuki GSX-R 1000 tem carenagens laterais do tanque mais afiladas, que aderem ao quadro e melhoram a aerodinâmica. O desenho da frente é limpo, e os acabamentos são de alto nível – destoa apenas o aplique plástico que separa o tanque e o quadro.

A Suzuki GSX-R 1000 fornece controle de tração com dez níveis de intervenção, assim como três mapeamentos diferentes para o motor. Se desejado, esses parâmetros podem ser alterados mesmo durante a condução. O motor de quatro cilindros em linha com arrefecimento líquido foi completamente redesenhado. Seus 202 cv aparecem em 13.200 rpm, e os 12,03 kgfm de torque máximo surgem em 10.800 giros. As válvulas são feitas de titânio, e há o SR-VV, sistema de cronometragem de válvula variável, desenvolvido pela Suzuki para o MotoGP.

Só no exterior

O preço do modelo, no entanto, parte de € 16.590, cerca de R$ 55 mil. A título de comparação, isso representa quase 28% a mais que os € 12.990 pedidos pela GSX-R 750, que no Brasil custa R$ 53 mil. Atualmente, a GSX-R 1000 vendida no Brasil, da geração passada, custa cerca de R$ 61 mil. Nessa lógica, o novo modelo sairia por R$ 68 mil.


Reprojetada. De acordo com a Suzuki, a GSX-R 1000 tem cerca de 600 novos componentes. A frente é mais curta, a inclinação do cabeçote é menos pronunciada para centralizar o peso, e o braço oscilante foi alongado.

Esportividade não é restrita ao visual

A Suzuki GSX-R 1000 é uma moto que entrega tudo o que promete. Os 202 cv presentes no motor parecem nunca ter fim e chegam com um instigante som que remete a uma prova de MotoGP. O assento está entre os mais hospitaleiros dos modelos de superesportivas. Mas há uma ressalva: os apoios de pés são bastante elevados.

Ao mesmo tempo em que o propulsor é digno de competições, a pilotagem é acompanhada por uma leveza notável. O controle de tração responde bem, mantendo uma sensação de segurança que impressiona. E um teste em um circuito de provas é suficiente para concluir que essa geração da GSX-R 1000 coloca o modelo como uma nova referência para sua categoria.

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