Avaliação

Mudança para pôr medo na concorrência

Novo Jetta aposta em tecnologia e no custo-benefício para enfrentar os sedãs médios no Brasil; modelo compartilha a mesma plataforma com Golf, Polo e Virtus

Qua, 06/02/19 - 02h00

Depois de muito tempo sem grandes ou quase nenhuma alteração em sua gama de modelos, a VW vem, de alguns anos para cá, investindo, de verdade, e acertando o passo para recuperar o tempo perdido e voltar a lutar pela liderança de mercado, lugar conhecido e que já ocupou por décadas em tempos idos. A chegada do novo Polo, do Virtus, do Gol e Voyage, com câmbio automático e, daqui a poucos meses, do T-Cross, mostram a disposição da montadora alemã em voltar a ser uma importante player entre suas pares. Da mesma forma que vem lançando novos modelos, também rejuvenesce outros, como fez com o Golf e está fazendo, agora, com seu sedã médio Jetta, que sempre foi um produto com ótimas qualidades, de alto valor agregado, mas sempre manteve uma participação discreta e pouco percebida na “fauna” de modelos que habitam nossas ruas. O Super Motor avaliou o modelo top de linha, a versão R Line do Jetta (R$ 119.990), que chega bem mais robusto em sua sétima geração. Ele ficou maior, cresceu 4,3 cm no comprimento e 2,1 cm na largura, totalizando 4,7 m x 1,8 m. A distância entre-eixos também foi ampliada em 3,7 cm, totalizando 2,69 m, o que traduz em mais conforto para os cinco passageiros que viajam com conforto para pernas e ombros.

Primo rico

Se não podemos afirmar que o Jetta pode ser confundido em seu visual com o irmão menor e menos afortunado, o Virtus, não há como negar as muitas semelhanças entre os dois modelos. Ele é mais “classudo” impõe respeito por seu visual de linhas bem contemporâneas e esta n ova “safra” ganhou mais sofisticação e acabamento mais refinado. O modelo segue importado do México e conta com apenas dois opcionais: teto solar, por R$ 4.990, e pintura metálica, por R$ 1.480, ou perolizada, por R$ 1.580.

No mais, tudo é de série: ar-condicionado com duas zonas, seis airbags, controle de estabilidade e tração, diferencial com bloqueio eletrônico, revestimento em couro sintético, sistema multimídia com tela “touchscreen” de oito polegadas com espelhamento de celular, chave presencial para travas e ignição, frenagem de emergência em manobras, câmera de ré combinada com sensores dianteiros e traseiros, rodas de liga leve de 17 polegadas, sensores de luz e chuva e faróis e luzes diurnas em LED.

Diferenças sutis

A versão avaliada traz ainda painel de instrumentos digital configurável, detector de fadiga e emblemas referentes à configuração no para-lama dianteiro e nas soleiras das portas. No visual, a maior diferença entre as versões fica no desenho dos para-choques e na grade dianteira, que tem frisos cromados e uma barra cromada na parte superior na R-Line, que é em preto brilhante.

 

Sedã oferece condução prazerosa

Sob o capô, o novo Jetta usa sempre o motor 1.4 TSI flex, produzido em São Carlos, interior de São Paulo, e enviado para a fábrica mexicana de Puebla, para voltar ao Brasil na sequência. Ele é o mesmo propulsor que equipava a geração anterior do sedã, feito no Paraná, e rende 150 cv de potência a 5.000 giros e 25,5 kgfm de torque entre 1.400 e 3.500 rpm. Ele trabalha bem com o câmbio automático de seis marchas.

Este rendimento faz com que o sedã de 1.330 kg mostre boa disposição para arrancar e retomar desde em todas as situações cotidianas de uso. O 0 a 100 km/h é feito em corretos 8,9 segundos com máxima de 210 km/h. Em condução normal, mal dá para sentir a evolução das marchas, mas quando há uma solicitação mais abrupta no acelerador, a sistema demora mais que o desejável para entender. Segundo o Inmetro, com etanol, o sedã faz média de 7,4 e 9,6 km/L na cidade e na estrada, respectivamente, enquanto com gasolina foi de 10,9 km/L e 14 km/L, nesta mesma ordem.

Ficha técnica

Motor

1.4 flex, turbo, quatro cilindros em linha, com quatro válvulas por cilindro.

Câmbio

Automático com seis marchas à frente e uma a ré.

Potência

150 cv com etanol e gasolina a 5.000 rpm.

Torque

25,5 kgfm entre 1.400 e 3.500 rpm.

Suspensão

Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo de torção, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora.

Carroceria

Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,70 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,48 m de altura e 2,69 m de distância entre-eixos.

Freios

Discos ventilados na frente e sólidos atrás.

Peso

1.331 kg em ordem de marcha.

Porta-malas

510 L.

Tanque

50 L.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.