Moto

Nova japonesa acelera bem na medida certa

Naked Suzuki GSX-S750 se destaca nas vendas no Brasil com ótimo recheio de equipamentos e agilidade de sobra na pista

Qua, 18/04/18 - 03h00

É difícil disputar com a Honda e a Yamaha no mercado de duas rodas brasileiro. A Suzuki, no entanto, tenta se destacar com um fator que, além de poder alavancar as vendas da marca, ainda é uma boa estratégia de marketing: lançar seus produtos no Brasil em datas próximas às dos lançamentos mundiais. Prova disso é a nova GSX-S750, que chegou ao Brasil no último trimestre do ano passado, pouco depois de começar a ser comercializada na Europa, e mexeu com a concorrência.

A naked de média-alta cilindrada veio para preencher a lacuna deixada pela descontinuação da GSX 750. Dela, inclusive, vem o motor de quatro cilindros em linha e 749 cc, duplo comando e com refrigeração líquida, capaz de gerar potência máxima de 114 cv a 10,5 mil rpm e torque de 8,2 kgfm a 9.000 giros. O ronco grave é garantido por uma nova caixa de ar com três entradas otimizadas. A transmissão é feita por corrente e tem seis velocidades, com as primeiras marchas mais curtas do que antes – a Suzuki defende que essa mudança melhorou a aceleração. O consumo médio é de 19 km/L, o que indica uma autonomia de cerca de 300 km, graças ao tanque de gasolina com 16 L.

Ao contrário do que o visual mais agressivo da moto induz, alguns esforços foram feitos para garantir um rodar mais confortável. A inspiração do design, na verdade, veio da GSX-S 1000, daí a presença de um assento modelado para pilotagem esportiva. Na carenagem, as cores azul, vermelha e preta são as opções.

De qualquer forma, é na tecnologia embarcada que a GSX-S750 mais chama atenção. O modelo traz controle eletrônico de tração com três níveis, com a opção de desativação, além de freios ABS de série. O painel é todo digital, com ajuste para brilho e cinco opções para a exibição do tacômetro. O freio dianteiro, com dois discos flutuantes de 310 mm de diâmetro, tem pinças de quatro pistões, enquanto os traseiros são simples de 240 mm. A suspensão é de garfo telescópico invertido na frente, com curso de 120 mm, e monoamortecedor atrás, com 138 mm de curso com ajustes na pré-carga de mola.

 

Modelo oferece boa dirigibilidade na cidade e na estrada

Visualmente, a Suzuki GSX-S750 não é nada revolucionária. Aliás, uma identidade própria entre as motocicletas naked viria bem a calhar, como a adoção de um conjunto ótico mais esportivo. Mas o desenho e os tons são mais conservadores, com chassi e a maioria dos componentes na cor preta – interrompido apenas pelo escape em acabamento de alumínio polido e pela breve carenagem no azul característico da marca.

O assento é fino, mas bastante confortável para o piloto – apenas para ele, e não para o passageiro, que ainda precisa lidar com uma superfície bem escorregadia. O painel de instrumentos vem de versões esportivas, com uma tela digital com todas as informações da viagem e grau de controle de tração.

Em movimento, a GSX-S750 é bem equilibrada e sensível, graças ao motor de quatro cilindros e 749 cc. O propulsor é adequado para a proposta da motocicleta e lida bem com seus 178 kg de peso seco. Ele entrega boa agilidade e quase não se sente o peso do modelo. Além disso, o som quase sedutor que é emitido conforme os giros sobem inserem uma dose extra de prazer nas acelerações. E as arrancadas suaves – e bastante seguras – disfarçam bem toda a força que é disponibilizada em médias e altas rotações. Graças a isso, a GSX-S750 se torna agradável tanto para o trânsito cotidiano quanto para as viagens de estrada.

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