Super Teste

Virtus GTS mostra todas suas virtudes esportivas na pista

Sedã derivado do Polo ganha a emblemática nomenclatura GTS; destaque vai para o acabamento diferenciado e o motor 1.4 turbo, de 150 cv; preço começa em R$ 104.940

Qua, 20/05/20 - 14h28

Longe de ser um celeiro que originou modelos esportivos de alta linhagem, como acontece nos Estados Unidos e Europa, o brasileiro das décadas de 80 e 90, desfrutou de alguns exemplares que deixaram saudade.

Falamos de modelos como o Dodge Charger RT, o Maverick GT, o Opala 250 S e porque não, dos Gols, GT, GTS e GTI. Para reviver estes saudosos tempos a VW decidiu reeditar a sigla GTS, carregada de esportividade, para batizar a versão topo de linha tanto do compacto Polo como de sua variante com carroceria de três volumes, o Virtus.

Uma curiosidade, para valorizar, ainda mais e diferencia-la das demais, a VW decidiu, nesta versão de cunho esportivo, estampar apenas o emblema GTS, sem uma identificação formal do nome do carro.

Talvez o consumidor menos atento nem repare, mas aconteceu, por duas ocasiões, de me perguntarem onde está o nome “Virtus”.

Conceito

A sigla GTS significa Gran Turismo Sport, e se lá em fins dos anos 80 a tecnologia disponível nos modelos não fazia jus à nomenclatura, hoje, a história é outra, assim como a esportividade presente no Virtus GTS.

Começando pelo motor 1.4 TSI, de 150 cv de potência e 25,5 Kgfm de torque, ou 250 Nm, como gosta de definir a VW. O câmbio é automático de seis velocidades, o AQ250, o mesmo utilizado no VW Jetta.

Um esportivo que se preze precisa de desempenho e neste quesito o Virtus GTS não decepciona, sai da imobilidade e chega aos 100 km/h em 8,4 segundos e sua velocidade máxima atinge os 207 km/h. Às vezes tem comportamento meio impetuoso no trânsito do dia a dia.

Toque esportivo

Em relação ao acabamento, a versão GTS do Virtus compartilha das mesmas características de seu irmão hatchback, o Polo.

Tecidos escuros com costura em vermelho, tanto nos os bancos diferenciados, que parecem abraçar condutor e passageiro da frente, como no volante, tudo revestido em couro. O plástico é generoso nos forros de porta, mas em geral o conjunto da obra tem bom resultado.

O painel de instrumentos com tela digital de 12,4 polegadas (Active Info Display) é de série e o vermelho volta a aparecer em seus grafismos. O ar-condicionado digital também vem de fábrica, assim como o multimídia de 8 polegadas Discover Media com navegador, Android Auto e Apple CarPlay.

Conforto

Um dos grandes atributos do projeto que deu origem à dupla, Polo/Virtus está no espaço interno, sobretudo no conforto para os passageiros que viajam no banco de trás, isso graças ao excelente entre-eixos do sedã e que conta, ainda, com saída de ventilação e duas portas USB.

O sistema de partida do motor é por botão, stop-start, controle de velocidade de cruzeiro, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, detector de fadiga, porta-luvas refrigerado, retrovisor interno eletrocrômico, sensores de chuva e crepuscular.

Em matéria de segurança, tem 4 airbags, frenagem automática pós-colisão, assistente para partida em aclive, indicador de pressão dos pneus e Isofix.

Os únicos opcionais são o pacote do sistema de som Beats, o recurso de variação do espaço no porta-malas e a rede para segurar pequenos objetos.

Tecnologia

O esportivo traz o XDS+ (bloqueio eletrônico do diferencial), que faz parte do ESC – Controle eletrônico de estabilidade (item de série).

Segundo a fábrica, sistema aumenta a agilidade e diminui a necessidade de movimentação do volante por meio de intervenções seletivas nos freios das rodas internas às curvas nos dois eixos e permitindo uma transferência do torque disponível do motor para as rodas externas.

Ainda está presente a opção ESC, que também inclui o sistema de frenagem automática pós-colisão (Post-Collision Brake).

Cardápio

Assim como no irmão maior, o Jetta GLI, outro modelo com DNA esportivo, lançado ano passado, o Virtus GTS conta com o seletor do modo de condução, que altera até o som do motor – o motorista pode escolher entre os modos “normal”, “ecológico”, “esportivo” ou “individual”.

Quando é selecionado o modo esportivo, entra em ação o atuador sonoro, que transmite ainda mais esportividade. Mas também o visual o diferencia da versão convencional, são exclusivos alguns detalhes, como os faróis full LED, a grade do radiador, que tem formato de “colmeia” e traz o logo GTS.

Bem calçado

As rodas do conceito exibido no salão eram de 18 polegadas, mas a versão oficial está calçada com aro 17, diamantadas, com pneus 205/50, de perfil misto e mais equilibrado.

Ainda no visual, as capas dos retrovisores pintadas de preto brilhante. De série, itens de série o detector de fadiga, retrovisor interno eletrocrômico, sensores de chuva e crepuscular e o controlador automático de velocidade (piloto automático).

Em suma, a versão esportiva que traz de volta a sigla GTS, que tantos entusiastas admiravam, agrada em estilo, equipamentos e na proposta, de um modo geral. Resta saber se os R$ 20 mil que o separam do modelo Higline justificará o investimento para ter na garagem um Virtus mais potente.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.