Em tempos difíceis, apostar em segmentos que se mantém firmes ou com possibilidades de crescimento é sempre uma estratégia válida para amenizar as perdas ou, quem sabe, se destacar. A Yamaha percebeu o potencial dos scooters de baixa cilindrada no momento atual brasileiro – tanto que lançou, há quatro meses, o NMax, de 160 cc. E tratou de trazer de volta ao mercado o velho conhecido Neo, vendido por aqui entre 2005 e 2012. Mas totalmente reformulado, com 125 cc e, principalmente, uma boa vantagem no custo-benefício frente às concorrentes de cilindradas próximas.
A aposta no segmento é facilmente entendida. Entre janeiro e agosto de 2016, o mercado de duas rodas caiu 16,8%, de acordo com dados da Fenabrave. O desempenho entre os scooters de 100 cc a 200 cc também fica nesta faixa: retração de 15,4%. Mas uma lacuna deixada pela Honda tende a ser disputada pelos modelos de 125 cc: a marca japonesa vem desinvestindo na produção do Lead 110 ao longo deste ano, pois o modelo não se adequa às novas regras de emissão de poluentes do Promot, em vigor a partir do próximo mês de outubro. Só no ano passado, o modelo da Honda respondeu por 7.024 emplacamentos.
O motor da nova geração do Neo é monocilíndrico, com duas válvulas e refrigerado a ar. A potência é de 9,8 cv, e o torque máximo chega a 0,9 kgfm. O câmbio é CVT – típico dos veículos dessa categoria – e surpreende o baixo peso do novo Neo: apenas 96 kg, já em ordem de marcha. Os freios são combinados – o acionamento do traseiro também coloca em funcionamento o dianteiro –, e o descanso lateral desliga o motor. A suspensão dianteira leva garfo telescópico com curso de 90 mm e na traseira, é monochoque fixado no cubo de freio com 80 mm de curso.
Nas lojas a partir de meados de outubro, o Neo 125 tem piso plano e traz facilidades que, segundo a marca, serão capazes de despertar atenção especial do público feminino. Há dois porta-objetos, alça para pendurar bolsas e espaço sob o banco para um capacete.
Marca oferece pacote atrativo como ‘isca’
Esteticamente, a Yamaha Neo 125 tem faróis triangulares duplos de LED, com luzes de setas dianteiras embutidas e lentes fumês. Lanternas também são de LED, e as rodas de liga leve, pintadas em preto. No painel, uma luz verde incentiva a pilotagem econômica. Mas para os ligados em “gadgets” ou os consumidores mais tecnológicos, falta uma simples entrada USB para carregar dispositivos móveis.
A carenagem será disponibilizada em três cores: vermelho metálico, branco metálico e cinza fosco. Com preço sugerido de R$ 7.990 – sem incluir o frete –, o modelo tem outros atributos para atrair quem busca um impacto menor no bolso. As revisões até os 30 mil km – são sete no total – têm preço fixo. Além disso, os compradores ganham assistência gratuita 24 horas pelo período de 12 meses, para serviços como reboque, socorro mecânico, chaveiro, troca de pneus, pane seca, hospedagem, táxi e despachante.
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