Moto

YZF-R1 é para as ruas, mas moldada nas pistas

Com 200 cv, nova geração da superesportiva da Yamaha foi desenvolvida por Valentino Rossi

Sáb, 30/05/15 - 03h00

“É o mais próximo possível que se pode chegar da M1”. Essa foi a definição para a nova geração da YZF-R1 dada por Valentino Rossi, heptacampeão de motovelocidade e piloto oficial da Yamaha na MotoGP. O italiano participou ativamente do desenvolvimento do modelo. Já a M1 é o protótipo que o piloto da marca japonesa usa na categoria.

O modelo agora conjuga design de corrida, potência de 200 cv e muita tecnologia. Ela traz cortes nas carenagens laterais e traseiras. O conjunto óptico também foi totalmente remodelado. Já a rabeta ficou mais fina, e as duas carenagens vazadas se encontram em um ponto mais alto, onde começa a lanterna vertical de LEDs. Visivelmente, o modelo está mais curto e estreito. E na prática também. O comprimento é de 2,05 m – 2 cm a menos. A largura foi reduzida em 2,5 cm – para 0,69 m.

O tradicional motor quatro cilindros em linha de 998 cm³ agora passa a entregar 200 cv de potência a 13,5 mil rpm – 18 cv a mais. O torque ficou em 11,5 kgfm a 11,5 mil giros.
Para domar todo esse manancial de força, a R1 conta com a tecnologia. Os freios ABS agora adotam distribuição eletrônica da frenagem, há quatro mapeamentos para o propulsor, controle de tração com nove níveis, sistema antiempinamento com três modos, controle de largada e o quickshift, que permite ao piloto subir as marchas sem o uso da embreagem. A suspensão dianteira – garfo telescópico invetido – e a traseira – monoamortecida – têm cursos de 120 mm.

No Brasil, ainda é a geração antiga que está à venda por R$ 65 mil

Impressões

É claro que a nova Yamaha R1 é bastante diferente da versão 2014. Mas o motor quatro cilindros de 998 cc com virabrequim crossplane permanece o mesmo adotado pela marca japonesa em 2004 na MotoGP. A categoria rainha do motociclismo também ajuda no design do modelo, voltado para uma maior performance. Os 199 kg se mostram compactos e tornam o peso semelhante ao do modelo menor, a R6.

Há quatro mapeamentos a serviço do piloto. Porém o trabalho dos engenheiros japoneses é realmente percebido ao girar a chave. O painel de instrumentos acende e mostra diversas informações da motocicleta. Os controles permitem ajustar tantos itens que a Yamaha criou um website, onde é possível “brincar” com diversas configurações. A central eletrônica remapeada e a unidade de medição inercial trabalham juntas para impedir que a moto empine e também perca aderência. O controle de tração com nove ajustes também ajuda nesse sentido. A R1 é uma motocicleta cheia de personalidade, com desempenho para profissionais, mas que pode ser guiada por amadores.

O chassi é um passo à frente também. Além das rodas, o quadro é feito de magnésio, e o entre-eixos foi encurtado em 1,4 cm para dar maior maneabilidade. A frenagem é outro ponto positivo. Para parar, a Yamaha instalou discos duplos de 320 mm na dianteira e simples de 220 mm na traseira.

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