Blog do Voloch

Carioca, formado em jornalismo, 32 anos de atuação na área em diferentes veículos de comunicação como televisão, rádio, jornal e internet.

Vale quanto pesa?

A relação custo-benefício do estrangeiro no Brasil

Publicado em: Qui, 19/05/22 - 08h55

O vôlei com conhecimento e independência jornalística

Morar no exterior pode ser uma experiência fantástica ou muito deprimente.

Não é tão simples assim, tudo depende do quanto você se preparou para essa mudança.

Muitos fatores são determinantes para que essa nova vida fora do país seja feliz e que dê certo. Para o estrangeiro acontecer no Brasil o casamento precisa ser quase perfeito. A adaptação não é fácil.

Distância da família, idioma, costumes, ambiente e entrosamento são alguns fatores.

Corpo aqui, cabeça lá não funciona.

Se o atleta não estiver com a cabeça em ordem e o coração tranquilo, dificilmente irá se adaptar no exterior.

Aceitar o novo.

O custo-benefício está ligado à gestão estratégica de projetos e todas economias e benefícios, e isso tem relação com a preservação de recursos, a divulgação positiva de ações, a produtividade dos colaboradores, leia-se jogadores, ou o uso de material mais barato, mas de qualidade.

O dólar nas alturas não permite grandes saltos.

Saber contratar. Eis a questão.

Não é fácil.

Temos mais exemplos de fracassos do que sucessos pelo Brasil afora nessas décadas de Superliga. Gringos que chegaram e partiram, ganhando bem e em dólar, sem deixar saudade.

Turismo às custas do inocente patrocinador.

O blog ficaria dias teclando citando os micos históricos.

A pergunta é: afinal, eles ainda resolverm?

Minas e Sada/Cruzeiro provaram que sim.

Neriman Ozsoy, ponteira turca, foi execrada no início da temporada para depois assumir o papel de protagonista na reta final calando a torcida e os críticos, incluindo o nobre escriba.

É obrigação reconhecer os méritos.

Claro que o Minas não foi tricampeão só por causa da presença de Neriman, mas ela ajudou.

Aliás, ajudou e  jogou muito mais por exemplo que Anne e Brayelin Martinez estrangeiras do Praia Clube e adversário na decisão.

Miguel López, do Sada, é outro caso.

Aposta que deu certo através do olhar cirúrgico dos dirigentes em 2019 quando optaram pela contratação do cubano. Filosofia aprovada e testada com Leal, hoje referência mundial. López, como diz o ditado, vale quanto pesa.

Nia Reed, ex-Bauru, idem. O clássico exemplo do custo-benefício. Entregou na fase de classificação e entregou nos playoffs, literalmente falando.

E o papelão de Aliyeva, do Azerbaijão?

Quem indicou? Quem aprovou?

Adams, de Osasco, que vinha de lesão, fez a parte dela.

Respondeu.

Yonkaira Peña, ex-Flamengo, idem. 

Os demais, entre elas e eles, passaram despercebidos.

O que se nota para a próxima temporada são algumas caras novas. A  polonesa Malwina Smarzek que irá desembarcar em Osasco é a maior atração.

Expectativa grande.

O Flamengo foi atrás da desconhecida levantadora Brie King.

Robert Täht, da Estônia, chega para São José dos Campos.

Se irão vingar, não dá para cravar.

A regra é em qualquer lugar do mundo é simples: estrangeiro é contratado e tem obrigação de resolver e fazer a diferença.

 

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