Decepção

França anda para trás e não responde sob comando de Bernardinho

Contratado a peso de ouro, técnico é reprovado e não passa no primeiro teste

Por Bruno Voloch
Publicado em 14 de setembro de 2021 | 08:06
 
 

O vôlei com conhecimento e independência jornalística

Ele foi contratado como salvador da pátria.

Só que o status de Bernardinho mudou antes mesmo da estreia no comando da seleção da França.

A medalha de ouro conquistada na Olimpíada de Tóquio, brilhantemente sob comando de Laurent Tillie, mudou radicalmente a relação entre as partes.

A cobrança no caso.

O técnico brasileiro assumiu o cargo presssionado e com a obrigação de, no mínimo, manter a França entre as melhores do mundo, já que o máximo que pode fazer é igualar o feito do antecessor em Paris 2024.

Isso se chegar até lá.

No primeiro teste, fracassou.

Bernardinho sequer conseguiu colocar a França entre os 8 da Europa e a queda para a República Tcheca, 3 a 0, fez os franceses andarem para trás.

Há 2 anos, Tillie colocou a seleção no quarto lugar.

A justificativa para o fracaso certamente passará pelo pouco tempo de treinamento. Desculpa natural, mas que não convence, ainda mais tratando-se de Bernardinho.

A França caiu. E feio.

Bernardinho ficou devendo e o currículo apresentado não será suficiente para segurá-lo no cargo.

A política na Europa é outra.

A Federação não é Flamengo.

Contratado a peso de ouro, terá que responder. E rápido. Ou muda a filosofia de trabalho, ou mudam com ele.