A última apaga a luz

Saraelen é mais uma vítima do projeto de Campinas

Após 3 meses sem receber salário, jogadora desiste e acerta com tradicional Mackenzie

Por Bruno Voloch
Publicado em 12 de outubro de 2023 | 09:00
 
 

O vôlei com conhecimento e independência jornalística

Existem coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras existe o calote.

É o caso de Campinas.

Falsas promessas soam reais.

Enquanto isso, o badalado time feminino vai desmoronando.

O blog foi procurado por algumas atletas e procuradores. O que existe internamente é um sentimento de revolta, insatisfação e frustração.

A experiente Saraelen chegou ao limite.

Não aceitou mais as justificativas dos responsáveis pelo projeto e trocou Campinas pelo Mackenzie.

'É melhor fechar as portas e liberar as atletas. A gente já viu esse filme e sabe como será o fim da história', disse um dos empresários das jogadoras.

O blog apurou que o ambiente é pesado.

Ninguém acredita nas promessas dos envolvidos.

Nem os patrocinadores.

A atitude de Saraelen deve incentivar as demais jogadoras. A maioria tem proposta para deixar Campinas e jogar a Superliga C por outras equipes, mas é preciso correr.

'O pior é que fomos alertados, mas muitas vezes temos que ceder e aceitar porque é o desejo do atleta. Agora, sem comida e com as contas atrasadas, a situação ficou insustentável', relatou outro procurador que pediu para ter o nome preservado.

Até onde o blog chegou, não será suficiente pagar 1 mês, o famoso 'cala-boca'.

'Não temos qualquer garantia que os contratos serão respeitados'.

A atual gestão da CBV conhece bem esse cenário.

Campinas sentou na primeira fila e aprendeu a lição.

Itapetininga, Taubaté, Caramuru, Goiás, São José dos Campos, entre outros, continuam fazendo a escola.