Filosofia é a teoria da prática

Sorriso amarelo: sabor amargo de um Sul-Americano

Derrota para Colômbia deixa lições importantes para o ciclo olímpico

Por Bruno Voloch
Publicado em 20 de setembro de 2021 | 09:43
 
 

O vôlei com conhecimento e independência jornalística

Se a última imagem é a que fica, não há motivos para comemorar.

O sorriso amarelo da maioria das jogadoras explica a sensação após a derrota para a Colômbia em Barrancabermeja.

O Brasil não foi nem sombra da seleção medalha de prata na Olimpíada de Tóquio. O que chama atenção e liga o alerta, é que jogamos o Sul-Americano com a base olímpica, ou seja, o melhor.

O resultado decepciona.

A seleção escapou por pouco de levar um sonoro 3 a 0 na final e não seria nada injusto pelo que a Colômba, de Rizola, jogou.

3 a 1 saiu barato.

Graças ao Peru, quem diria, o Brasil ganhou o Sul-Americano pela 22ª vez.

A competição evidencia a necessidade de rever alguns conceitos. A medalha de prata no Japão talvez tenha sugerido conclusões precipitadas, algo compreensível pela euforia que o momento pedia.

Hoje não.

É preciso sim rever conceitos.

Há quem diga que não havia necessidade de levar as titulares e sim poupar algumas peças, rodar o time e abrir espaço para as jovens.

A filosofia de José Roberto Guimarães é outra.

O ciclo olímpico não abre privilégios.

Ponto.

O treinador tem as justificativas nas mãos ou nas palavras, afinal se com elas o Brasil foi ameaçado, imagine sem e uma seleção repaginada em Barrancabermeja.

E as cobranças?

José Roberto Guimarães preferiu não correr riscos.

Só que a filosofia é a teoria da prática.