Nossa entrevistada de hoje é a conhecida guerreira Eliane Parreiras, que será a nova presidente da Fundação Clóvis Salgado (FCS) Palácio das Artes. Lembrando de sua mais recente ocupação, o Sesc Minas, ela olha o passado, sua vocação, e vê o futuro, sua realização: “Tenho muito orgulho de minha passagem por lá e estou ainda mais estimulada para assumir a presidência da FCS”, afirma.
Cultura, desde quando?
Desde criança. Muito jovem já sabia que trabalharia na área. São 24 anos de dedicação, buscando o aperfeiçoamento e o desenvolvimento da gestão cultural.
Fale de sua experiência.
Foi na iniciativa privada e no setor público que me relacionei com toda a cadeia produtiva da cultura. Desenvolvi a política de investimento cultural do Grupo Usiminas, o plano de gestão do Circuito Cultural Praça da Liberdade. Atuei em todo o Sistema Estadual de Cultura como secretária de Estado, implementando uma política de inclusão e democratização no Sesc em Minas, entre outras.
Você estava no Sesc até agora.
Dois anos intensos. É um patrimônio nacional com impacto positivo onde atua: é protagonista na cena cultural e tem uma atuação com conteúdos culturais diversos, contemporâneos e democráticos; um corpo técnico de alto nível e compromissado com o resultado; uma capilaridade de ação impressionante. Tenho muito orgulho de minha passagem por lá.
Fale sobre a Fundação Clóvis Salgado (FCS).
Uma das mais importantes e completas instituições culturais do Brasil, que atua na difusão e oferta cultural, na criação, produção artística e na formação cultural. Com Palácio das Artes, Serraria Souza Pinto, Câmera Sete, Centro Técnico de Produção e o Centro de Formação Artística e Tecnológica, mais a Orquestra Sinfônica, o Coral Lírico e a Cia de Dança. Uma instituição cultural especial, com enorme potencial para alcançar os melhores resultados.
E os maiores desafios?
Retorno à FCS (fui presidente em 2010) com grandes desafios, especialmente na retomada de seu protagonismo na cena cultural mineira e nacional. A prioridade é a revitalização da infraestrutura cultural. Outro desafio é a democratização do acesso à oferta cultural e a diversificação da programação, alcançando novos e diversos públicos. O fortalecimento dos corpos artísticos e a expansão das atividades de pesquisa e criação no Cefart. Queremos ampliar ao máximo a relação com público, artistas, produtores culturais e sociedade.
E a relação com a nova secretaria?
Que agora reúne Cultura e Turismo, grande oportunidade de integração de duas áreas estratégicas para o desenvolvimento humano, econômico e social. Temos o secretário, Marcelo Matte, empenhado com o desenvolvimento do setor. Além do apoio e atenção do vice-governador Paulo Brant, que também foi secretário de Cultura. Estou convicta. A cultura recuperará seu desenvolvimento, correspondendo à tradição e vocação cultural do Estado.
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