Anestesista é preso por estuprar pacientes em cirurgias e aliciar menores, no RJ

Um médico anestesista colombiano foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (16/1), suspeito de estuprar pacientes sedadas durante procedimentos cirúrgicos em hospitais das redes pública e particular. Segundo as autoridades, Andres Eduardo Onate Carrillo, de 32 anos, também é acusado de aliciar menores e tinha o hábito de filmar os atos e ‘colecionar’ imagens das vítimas.

De acordo com a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), as investigações foram iniciadas em dezembro de 2022 . No celular do anestesista foram encontrados mais de 20 mil arquivos, contendo imagens de abuso sexual envolvendo crianças a adolescentes, e incluía bebês com menos de um ano de vida.

“Encontramos gravações de tela de seu celular com conversas com crianças que enviavam fotos e vídeos. Como esses dispositivos se apagam, ele aproveitava para gravar e armazenar o conteúdo para utilização futura”, informou a Polícia Civil.

Na ocasião, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão. Todos os materiais apreendidos com o suspeito serão analisados.

Em nota, a diretoria executiva da Sociedade Brasileira de Anestesiologia lamentou o fato ocorrido no Rio de Janeiro e informou que o médico não possui o título de especialista em anestesiologia e não faz parte do quadro associativo da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
A entidade repudiou o crime cometido pelo profissional e reforçou ainda que o exercício profissional de todo o médico é cuidar e proteger seus pacientes com foco na prestação de serviços de qualidade e segurança com obediência aos princípios éticos firmados no Código de Ética Médica.

Caso Giovanni Quintella Bezerra

Em 10 de julho de 2022, o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, foi preso em flagrante por estuprar uma mulher durante o parto no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O registro do crime foi feito pelo celular de uma das profissionais que acompanhavam a cirurgia.

Nas imagens, médico aparece introduzindo sua genitália na boca da parturiente que estava sedada e deitada em uma maca.

O médico responde por estupro de vulnerável e está preso em uma cela individual do pavilhão 8 de Bangu, destinado a detentos com curso superior.