Falta de EPI

Após primeiro óbito, Piauí cobra equipamentos e investimentos de Bolsonaro

Há no estado 11 pessoas infectadas

Por Folhapress
Publicado em 29 de março de 2020 | 13:52
 
 
Equipamentos de segurança serão distribuídos em hospitais Rector Hetamal / AFP

Após o primeiro óbito por Covid-19 ser confirmado no Piauí neste sábado (28), o governador do estado, Wellington Dias (PT), disse à reportagem que espera uma posição do governo federal para que possa receber os investimentos, equipamentos, materiais e respiradores adequados para combater a pandemia, que infectou, até o momento, 11 pessoas no estado.

"O problema mais grave é que quase não chegaram as coisas anunciadas. Nem para estados, nem municípios", reclamou Dias. "Tive que contratar pessoal extra, comprar Equipamento de Proteção Individual (EPI), ter mais UTI e sala de estabilização, tudo isso por R$ 65 milhões.

Esses bilhões que estão falando não estão chegando", apontou o governador, fazendo referência aos R$ 85,8 bilhões prometidos pelo governo federal para o combate à crise gerada pela pandemia.

"O que chegou de material foi a conta-gotas. O EPI, eu comprei com antecedência, porque, se esperasse do Ministério [da Saúde], estaríamos em situação gravíssima. E precisamos dos respiradores. Não se faz uma política de segurança para coronavírus sem respirador", reclamou o governador do Piauí. No momento, o estado tem aproximadamente 210 leitos de UTI para combater o novo coronavírus, mas o ideal, segundo ele, seria alcançar em torno de 450.