crise da segurança

Após rebelião, um preso morre e cinco ficam feridos no Maranhão

Levantamento aponta 17 detentos assassinados em presídios do Estado só neste ano; maior parte deles, 12 no total, foi registrada no complexo penitenciário de Pedrinhas

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 23 de agosto de 2014 | 19:26
 
 

Um detento foi morto e outros cinco ficaram feridos no presídio de Pedreiras, a 280 km de São Luis, após uma rebelião na madrugada deste sábado (23). Acionada, a Polícia Militar (PM) precisou realizar disparos para conter o motim.

Com esta morte, já são 17 detentos assassinados em presídios do Maranhão neste ano. A maior parte deles, 12 no total, foi registrada no complexo penitenciário de Pedrinhas, foco de uma grande crise da segurança no Estado.

Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), que classifica a confusão como "tentativa de rebelião", o preso morto foi Aleandro da Conceição Sousa. Ainda de acordo com a pasta, para tentar conter os presos, a PM usou arma de fogo. Um inquérito foi aberto para investigar o caso.

O movimento começou na noite de sexta-feira (22), quando uma tentativa de fuga foi frustrada pelos agentes da penitenciária. Em Pedreiras, há 158 presos, informou o governo do MA.

De acordo com a secretaria, após não conseguirem sair da prisão, dois detentos simularam que precisavam de atendimento médico e foram encaminhados ao hospital. Na volta, eles avançaram sobre os agentes e monitores.

A PM foi acionada e, de acordo com o governo, usou balas de borracha para controlar o movimento. Quando os presos avançaram, a polícia os conteve com arma de fogo. A pasta não informou se os presos feridos foram atingidos pelos PMs.

No ano passado, 60 presos morreram no complexo penitenciário de Pedrinhas, o que levou o Estado a ser denunciado pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e por entidades brasileiras de defesa dos direitos humanos.

Como a Folha revelou em janeiro, entre os mortos de Pedrinhas estão presos que foram decapitados e cujas cenas foram filmadas por detentos