Rio de Janeiro

Aumenta busca por desaparecidos em naufrágio na Ilha Grande

Depois de o navio afundar, oito pessoas - entre eles, os dois tripulantes - foram resgatados com vida e sem ferimentos graves

Por Danilo Emerich
Publicado em 30 de novembro de 2015 | 19:05
 
 
O naufrágio ocorreu na noite de sábado (27). Ao todo, a escuna levava treze tripulantes - 11 turistas de Arantina (MG) e dois condutores da embarcação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Capitania dos Portos da Marinha Brasileira investigam se a embarcação que naufragou no último sábado em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, estava com a documentação em dia e em condições de navegação. Das 13 pessoas que estavam no barco, cinco permaneciam desaparecidas até o fechamento desta edição, todas da cidade de Arantina, na Zona de Mata, entre elas o vice-prefeito da cidade, José Geraldo da Silva (PP). As outras foram resgatadas com vida.
 
O delegado Marco Antônio de Almeida Alves, da 166ª Delegacia de Angra dos Reis, responsável pelo inquérito da Polícia Civil, que foi aberto nesta segunda-feira, começou a intimar e ouvir testemunhas e sobreviventes do naufrágio. A documentação da embarcação, um pesqueiro do tipo traineira, foi requisitada.

A assessoria de imprensa da Marinha informou que um inquérito administrativo foi instaurado, e só após sua conclusão, prevista para 90 dias, que as causas e as responsabilidades serão esclarecidas.

Um dos sobreviventes do acidente, o advogado Erlei Eros Misael, 42, disse não ter notado nenhuma colisão da embarcação antes do naufrágio. Ele também relatou que o mar não estava revolto. “Simplesmente virou. Foi muito rápido. Estávamos todos dentro e começaram a gritar para pegar os salva-vidas. Confesso que nem peguei um colete e saí o mais rápido possível pelo lado”, disse.

O advogado afirmou que a tripulação do barco era experiente e que a embarcação parecia segura quando embarcaram. “Não era uma empresa que contratamos. São vários pescadores com barcos que oferecem esse serviço em Angra”, afirmou Erlei.

Buscas. Nesta segunda-feira, as buscas pelos desaparecidos foram retomadas no mar de Angra. As condições ruins do mar dificultaram o trabalho do Corpo de Bombeiros pelas. Os militares só conseguiram atuar entre 8h30 e 15h30, ainda assim, só na superfície. Em função da pouca visibilidade, mergulhadores só devem começar nesta terça-feira na região. Nem a embarcação e nem vítimas foram encontrados.

As buscas foram realizadas por cinco barcos da Marinha, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de Angra dos Reis. Um helicóptero chegou a ajudar no trabalho no domingo.

O barco batizado de Minas Gerais naufragou na noite de sábado com um grupo de mineiros de Arantina e Bom Jardim, na região da Zona da Mata. Oito pessoas conseguiram escapar, incluindo a tripulação. Outros pescadores ajudaram no resgate dos sobreviventes.