Denúncia

Covid: Empregado diz que McDonald’s obriga a trabalhar com sintoma; empresa nega

Funcionário afirma que relatório de monitoramento da doença é falsificado por gerentes e que há ameaça de demissão em caso de comparecimento ao trabalho

Sáb, 06/06/20 - 13h10

Um funcionário de um McDonald’s de Brasília, no Distrito Federal, postou nas redes sociais uma grave denúncia de que uma unidade, entre as quadras 114/115 Sul, na capital federal, obriga seus colaboradores a trabalharem mesmo infectados pelo novo coronavírus (Covid-19). A postagem foi feita na última quinta-feira (4) e ganhou repercussão. De acordo com Hitalo Almeida, 21 anos, os colaboradores tiveram de ir ao trabalho mesmo com sintomas da doença, sob ameaça de demissão.

Hitalo afirmou ainda que formulários feitos diariamente para, teoricamente, monitorarem a doença, eram adulterados pelos gerentes, e que pelo menos três colegas testaram positivo para a Covid-19, e que mesmo assim a gerência retém a informação dos demais trabalhadores. “Teve gente que, mesmo com os sintomas da doença, mesmo falando que sim, eles escreviam que não apresentavam sintomas”, afirmou o trabalhador ao jornal “Diário de Pernambuco”.

O funcionário ainda afirmou que o primeiro caso positivo teve o resultado confirmado no dia 29 de maio, mas os equipamentos de proteção individual (EPIs) só foram distribuídos no dia 3 de junho.

Hitalo afirmou ainda que há ameaça de demissão caso os funcionários não aceitem trabalhar mediante este cenário.

Diante da denúncia, o McDonald’s negou, por meio de nota, as acusações e garantiu que ao ser diagnosticado com a doença, o funcionário é imediatamente afastado das funções.

Leia a nota na íntegra:

A empresa destaca que ao ser notificada do diagnóstico positivo para coronavírus de seus funcionários, os afasta imediatamente de suas funções, sem que retornem ao ambiente de trabalho, e realiza a limpeza e higienização profunda de todos os ambientes do restaurante. A companhia esclarece ainda que em 3 de junho, seguindo o cronograma para reforço da proteção de toda a sua força de trabalho e clientes, adotou as viseiras de acrílico como item de segurança obrigatório na unidade.

A empresa esclarece também que, desde o início da pandemia, reforçou os seus rigorosos protocolos de segurança e saúde para assegurar a proteção aos seus funcionários e clientes, seguindo todas as recomendações dos órgãos de saúde do país, inclusive tomando a decisão de fechar os salões de seus restaurantes em meados de março.

O protocolo especial implementado em seus restaurantes, inclusive na unidade da EQS 114/115, em Brasília, prevê o uso de máscaras e luvas pelos funcionários, a instalação de barreiras acrílicas para proteção física dos atendentes, o reforço dos procedimentos de limpeza de equipamentos e superfícies, demarcações de distanciamento, entre diversas outras ações. Os colaboradores receberam ainda kits de máscaras e álcool gel para o transporte entre a casa e o local de trabalho.

Outra medida realizada diariamente em todas as unidades no Brasil é o monitoramento da temperatura dos funcionários e uma checagem, por meio de um questionário, sobre possíveis sintomas relacionados ao Coronavírus. O colaborador que apresentar qualquer sintoma automaticamente é afastado das atividades e recebe acompanhamento especializado e orientações médicas. Já os restaurantes passam pela sanitização recomendada pelos órgãos competentes diariamente.

Além dessas medidas, a empresa também tem acompanhado de forma mais próxima as suas equipes em restaurante, por meio dos seus profissionais de Recursos Humanos e gerentes, visando esclarecer dúvidas e tratar qualquer questão individual. A companhia trabalha para manter um ambiente seguro e saudável para funcionários, parceiros e clientes e buscando formas de apoiar a população nesse período de pandemia.

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