operação Saqueador

Delta teria desviado R$ 300 milhões para empresas fantasmas

Fato de a Delta ter importantes contratos de obras públicas leva a indícios de desvios de recursos federais, estaduais e municipais

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 01 de outubro de 2013 | 14:28
 
 

As investigações da Polícia Federal que envolvem a Construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish, apuraram indícios de que foram transferidos cerca de R$ 300 milhões da empreiteira para 19 empresas de fachada, entre 2007 e 2012.

A informação foi divulgada na tarde desta terça-feira, 1º, pelo delegado da Polícia Federal Tácio Muzzi, coordenador da operação Saqueador, que cumpriu nesta terça-feira, 1º, vinte mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.

Os policiais estiveram na sede da Delta, em alguns endereços das empresas fictícias e na casa de Cavendish, na Avenida Delfim Moreira, na orla do Leblon, zona sul do Rio. Na residência do empresário, foram apreendidos além de computadores e documentos, três carros de luxo que pertencem ao empresário, segundo a PF. "Há indícios de que eles (os veículos) foram adquiridos com dinheiro ilícito", disse o superintendente da PF no Rio de Janeiro, Roberto Cordeiro.

Segundo o delegado Muzzi, o fato de a Delta ter importantes contratos de obras públicas leva a indícios de desvios "de recursos federais, estaduais e municipais". Os policiais também informaram ter apreendido R$ 350 mil em espécie, em escritórios e residências do Rio de Janeiro e São Paulo.

Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (1º) a Delta informou ter sido "surpreendida" com a operação da Polícia Federal (PF) em escritórios da empresa no Rio, São Paulo e Goiás.

A assessoria diz que a empreiteira "encontra-se em recuperação judicial, homologada em janeiro de 2013 pelo juízo da 5ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro".

"Toda movimentação financeira e contábil da empresa é acompanhada e fiscalizada pela Justiça, pelo Ministério Público e pelo administrador judicial Deloitte Touche Tohmatsu". A Delta afirma que todos os esclarecimentos serão prestados às autoridades competentes, "contribuindo de forma plena com a investigação".

Com Agência Brasil

 

Atualizada às 19h06