Brasil

Direção da CPTM nega crimes em licitações

Polícia Federal concluiu investigação e indiciou 33 pessoas pela suposta formação do cartel dos trens em São Paulo entre 1998 e 2008

Por Da Redação
Publicado em 04 de dezembro de 2014 | 23:51
 
 

Depois que a Polícia Federal indiciou 33 pela suposta formação do cartel dos trens em São Paulo, o presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Manuel Bandeira, e o diretor da estatal de trens, José Luiz Lavorente, negam a prática de crimes em licitações.

Segundo nota enviada pela assessoria da CPTM nesta quinta-feira (4), os dirigentes "autorizaram a abertura de sigilo dos seus dados fiscais e bancários, inclusive das respectivas esposas, nada sendo encontrado".

Eles continuam colaborando com todos os órgãos que investigam as denúncias sobre cartel, mas não tiveram acesso ao processo em razão do segredo de justiça, de acordo com o texto da CPTM. Bandeira e Lavorente "negam veementemente qualquer prática irregular na condução dos processos licitatórios, desconhecendo completamente qualquer acusação", informa a assessoria. A CPTM tem "total interesse" em apurar os fatos e exigir ressarcimento caso sejam apuradas irregularidades, segundo a nota.

A defesa dos ex-diretores da CPTM João Roberto Zaniboni e Ademir Venâncio de Araújo afirma que eles nunca praticaram crimes na atuação como servidores. Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de Adilson Primo, diz que o indiciamento do ex-presidente da Siemens "não corresponde aos elementos constantes do inquérito, que na verdade mostram o completo afastamento de Primo dos fatos tidos como delituosos".

A Folha não localizou a defesa do consultor Arthur Teixeira na noite desta quinta.
Em nota, a Siemens afirmou que compartilhou com as autoridades os resultados de sua auditoria interna, o que deu origem às investigações sobre o cartel.

A Alstom relatou que não teve acesso ao inquérito e por isso não iria se manifestar. A Bombardier informou que segue os mais altos padrões éticos e sempre colaborou com as investigações.

A Folha não localizou as assessorias das outras empresas na noite desta quinta.