Ataque à escola

Duas famílias de vítimas do massacre de Suzano receberam indenização

Pela comissão criada pelo governo de São Paulo, ao todo 18 famílias têm direito a ressarcimento pelo ato violento ocorrido no dia 13 de março

Qui, 25/04/19 - 13h28
Massacre ocorrido na Escola Raul Brasil deixou sete mortos e 11 feridos | Foto: NELSON ALMEIDA / AFP

Das sete famílias de mortos no ataque à Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, duas já receberam a indenização por parte do governo de São Paulo. A terceira família deverá receber os pagamentos nos próximos dias.

No total, cinco manifestaram interesse no aceite e estão com a documentação entregue parcial ou totalmente  – outras duas estão em fase de coleta de documentação. O massacre aconteceu no dia 13 de março.

As famílias têm ainda 40 dias, a partir desta quinta-feira (25), para juntar e entregar os documentos. As informações são da Defensoria Pública do Estado, que não divulgou valores por proteção dos familiares. O que se sabe é que os valores são os mesmos para todas as vítimas fatais.

Na contagem da comissão criada pelo governo estadual e pela Defensoria Pública para definição das indenizações, são consideradas 18 famílias: sete mortos e 11 feridos. Ao todo, o massacre deixou dez mortos – entre eles os dois autores dos disparos e o parente de um deles, executado fora da escola. 

As sete famílias de vítimas fatais têm direito a receber um valor referente à indenização por danos morais para ajudar os parentes a se recompor e ainda uma pensão mensal por dano patrimonial, baseado na renda que a família teria com a produtividade futura do ente falecido.

Como está a investigação

Os autores

G.T.M., de 17 anos, idealizador e líder do ataque, agiu ao lado de Luiz Henrique de Castro, de 25 anos. Outro jovem foi apreendido depois, suspeito de participar do planejamento.

A motivação

Os autores se inspiraram no massacre de Columbine, nos EUA, em 1999, que terminou com 15 mortos.

 A dinâmica

O plano seria matar ao menos um desafeto de cada. Por isso, um tio de G. T. M. foi assassinado fora da escola. Um vizinho de Luiz escapou. Já o alvo do menor apreendido seria o estudante que ficou com o machado encravado no ombro. Ele sobreviveu.

Financiamento

O ataque custou R$ 7 mil, pagos por Luiz. À família, ele dizia que estava juntando dinheiro para comprar um carro. O valor inclui mais de 20 dias de aluguel de um automóvel usado no ataque, onde as armas foram guardadas.

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