depoimento

Ex-diretor da Petrobras defende compra de refinaria nos EUA

Para Cerveró, uma das vantagens da refinaria de Pasadena era a localização dela, no Texas, próxima a outras refinarias.

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 16 de abril de 2014 | 09:06
 
 
"A presidente da Petrobras está acusando o Cerveró de ser o responsável pelo prejuízo. É a hora de ele responder", afirmou o vice-líder do PSDB, Vanderlei Macris (SP) ALAOR FILHO

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró fala na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara nesta quarta-feira para expor sua versão sobre a compra da refinaria de Pasadena.

Segundo Cerveró, a compra de refinarias no exterior se justificava pelo fato da produção brasileira ser principalmente de petróleo pesado, que tem um preço menor que o leve. O ex-diretor afirmou também que estavam entre as prioridades da Petrobras, entre os anos de 2000 e 2010, expandir a capacidade de refino no exterior.

"A presidente da Petrobras está acusando o Cerveró de ser o responsável pelo prejuízo", afirmou o vice-líder do PSDB, Vanderlei Macris (SP). Edson Ribeiro, advogado do ex-diretor, encaminhou na tarde de segunda-feira uma confirmação de presença.

Foi ele quem procurou a oposição nas últimas semanas colocando o cliente a disposição para dar esclarecimentos. Ribeiro já sustentou que Cerveró teria encaminhado com antecedência para o Conselho todas as informações sobre o caso, incluindo o contrato.

Cerveró também afirma que não enganou a presidente Dilma Rousseff, então presidente do Conselho de Administração da estatal. "De forma nenhuma", respondeu ele ao deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), em audiência pública na Câmara dos Deputados.

Segundo o ex-diretor, todo o processo de compra foi desenvolvido ao longo de um ano. "Não houve nenhuma intenção de enganar ninguém. Quer dizer, mão há nenhum sentido de se enganar ninguém", afirmou.

Cerveró fez questão de deixar "bem claro" de que tal posição em favor da compra da refinaria não era individual, mas da diretoria. "Não existem decisões individuais", afirmou, ao destacar que tanto a diretoria que compunha, a da área internacional, e a do conselho de administração estavam de acordo com a operação.