em busca de acordo

Funcionários da Volks mantêm greve e sindicato se reúne com empresa

Paralisação contra as demissões de 800 funcionários da unidade Anchieta começou no dia 6 de janeiro, quando os trabalhadores voltavam de férias coletivas

Por Folhapress
Publicado em 14 de janeiro de 2015 | 12:52
 
 
Funcionários da Volkswagen, Ford e Mercedes-Benz ocupam rodovia Anchieta na segunda (12) em protesto REPRODUCAO / TV GLOBO

Os trabalhadores da Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, decidiram manter a greve após assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (14), informou o sindicato dos metalúrgicos do ABC.

A paralisação contra as demissões de 800 funcionários da unidade Anchieta começou no dia 6 de janeiro, quando os trabalhadores voltavam de férias coletivas. A montadora confirmou os desligamentos.

Na assembleia desta quarta-feira (14), a entidade orientou os funcionários a permanecer dentro das fábricas, mas sem trabalhar. Todos os empregados, normalmente divididos em três turnos, estão chegando no período da manhã.

À tarde, o sindicato deve se reunir com representantes da Volks para pedir a suspensão das demissões. Ele também quer mais tempo para elaborar um proposta que "encontre equilíbrio entre a competitividade da empresa e a manutenção dos empregos", segundo o presidente do sindicato, Rafael Marques. A entidade e a montadora se reuniram na terça-feira e não chegaram a um acordo.

Atos

Durante reunião ocorrida na terça-feira (13) na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em São Paulo, sindicalistas marcaram, para os dias 28 de janeiro e 26 de fevereiro, dois atos conjuntos das centrais sindicais. Todos os sindicatos filiados participarão dos protestos, em apoio aos trabalhadores da Volkswagen.

O evento nacional do dia 28 contará com assembleias e panfletagem em locais de grande fluxo de pessoas, como terminais de ônibus e estações de metrô, além de algumas paralisações.

No dia 26 de fevereiro, acontece a Marcha da Classe Trabalhadora, com concentração na Praça da Sé, em São Paulo. Cada sindicato, no entanto, é autônomo para definir o próprio cronograma.
Procurada, a CUT não soube informar quais classes irão interromper suas atividades.