depoimento

Grávida encaminhada até clínica de aborto está morta, diz suspeita

A motorista Vanuza Vais Baldacine se entregou à polícia na terça-feira (16) e prestou depoimento com detalhes sobre o que pode ter acontecido com jovem desaparecida

Qua, 17/09/14 - 14h02
A jovem, de 27 anos, teria optado pelo aborto por medo de perder o emprego, segundo o ex-marido | Foto: Reprodução

A motorista Vanuza Vais Baldacine afirmou que Jandira Magdalena dos Santos está morta, em depoimento à polícia na noite da última terça-feira (16). A grávida teria sido levada por Vanuza até a clínica de aborto em Campo Grande, no Rio de Janeiro. Entretanto, a motorista diz desconhecer o local onde está o corpo da jovem. Segundo Vanuza, o papel dela era apenas encaminhar as clientes até a técnica de enfermagem Rosemeire Aparecida Ferreira. As informações foram divulgadas pelo jornal carioca O DIA.

A auxiliar administrativa, de 27 anos, estava grávida de quatro meses e desapareceu no último dia 26, mesma data que teria ido até a clínica de aborto, acompanhada da motorista. Vanuza se entregou à polícia na terça-feira (16). Ela é suspeita de fazer parte de uma quadrilha especializada em explorar clínicas clandestinas de abortos.

Além de Jandira Santos, a polícia garante que ela levou outras duas grávidas para uma clínica de Campo Grande no dia 26 de agosto.


Ex-marido

O ex-marido de Jandira afirmou em depoimento à polícia que ela pretendia abortar por medo de perder o emprego. Leandro Brito Reis confirmou ainda ter acompanhado a jovem até a rodoviária em Campo Grande, zona oeste do Rio, local de ponto de encontro para que fosse encaminhada até a clínica.

Reis disse ter visto Jandira entrar em um Gol branco, de quatro portas, que era conduzido por uma mulher de cabelos loiros, que depois foi reconhecida e identificada como Vanuza Baldacine.

Após chegar à clínica de aborto, Jandira teria enviado uma mensagem de texto em que dizia "estou em pânico, mandaram desligar o celular. Ore por mim".
 

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