PF prende 35 pessoas por tráfico de drogas

Bandidos detidos na região de Volta Redonda tinham ligação com traficantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Sex, 24/02/06 - 00h01
Bandidos detidos na região de Volta Redonda tinham ligação com traficantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). | Foto:

RIO DE JANEIRO " A Polícia Federal prendeu ontem 35 pessoas envolvidas com o tráfico de drogas no sul do Estado do Rio. Batizada de Xeque-mate, a operação desarticulou a principal quadrilha que controlava bocas-de-fumo em Volta Redonda e outras cidades do Sul Fluminense.

Os bandidos tinham ligações com traficantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo. Duas pessoas ligadas à quadrilha foram presas na capital paulista.

Cerca de 100 agentes da Superintendência da PF no Rio saíram no início da manhã para cumprir 36 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. A maioria das prisões foi feita em Volta Redonda, em bairros de classe média, como o Aterrado, e favelas, como o complexo Vila Brasília.

Duas pessoas foram presas nas cidades vizinhas de Pinheiral e Barra Mansa e outras duas em Japeri, na região metropolitana. Uma mulher foi presa em flagrante na Via Dutra, na altura de Piraí, transportando 49 tabletes de maconha, o equivalente a 50 quilos da droga. Ela estava num ônibus que seguia de São Paulo para o Rio.

Antecedentes
Nos últimos meses, a PF de Volta Redonda vinha realizando prisões sistemáticas de transportadores de drogas na Dutra.

O delegado federal Cesar Gaspar, que coordenou a operação, explicou que os presos são colaboradores do traficante Anísio Rodrigues de Melo, mais conhecido como Rei, chefe do tráfico de Vila Brasília que controlava um bem estruturado esquema de distribuição de drogas vindas de São Paulo.

Ele foi preso em janeiro em Taubaté, no Vale do Paraíba Paulo, onde havia se refugiado sob a proteção dos comparsas do PCC. A investigação era feita por monitoramento de ligações telefônicas. A quadrilha movimentou no último ano mais de R$ 1,5 milhão com a venda de entorpecentes.

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