Pacificação

Polícia do Rio ocupa três comunidades na zona Sul

PM disse, mais cedo, que cidade ficará mais segura para os turistas

Ter, 30/04/13 - 00h40
PM disse, mais cedo, que cidade ficará mais segura para os turistas | Foto: ANDRÉ LUIZ MELLO/ESTADÃO CONTEÚDO

RIO DE JANEIRO. As bandeiras do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro foram hasteadas por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Choque (BPChoque), com a ajuda de uma moradora, no quintal de uma casa no alto da favela dos Guararapes, no Cosme Velho, na zona Sul do Rio. A comunidade foi ocupada junto com o Cerro-Corá e a Vila Cândida na manhã de ontem para a instalação da 33ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Estado. Em apenas 30 minutos, os policiais retomaram o território antes dominado pelo tráfico.

A operação, que começou às 5h, contou com a participação de 420 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Choque (BPChoque) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Grupamento Aéreo e Marítimo (GAM) e policiais do 1º Comando de Policiamento de Área da Polícia Militar, com apoio de helicópteros. Não houve confrontos. Os policiais fizeram buscas por criminosos, armas e drogas. A base do Batalhão de Operações Especiais ficará, a princípio, no largo do Boticário, debaixo do viaduto entre as duas galerias do túnel Rebouças.

O clima entre os moradores ainda era de incerteza. Muitos evitam comentar a ocupação policial. A dona de casa Nilza Souza de Almeida, 54, falou pouco sobre a presença dos policiais no morro. "Está muito bom. Acho que vamos ter mais segurança", resumiu, enquanto era repreendida pelo filho, um comerciante do local, que o tempo todo mandava a mãe parar de falar. "Só podemos declarar que, para nós, não faz diferença", disse ele, sem se identificar.

O secretário de Segurança José Mariano Beltrame negou que a ocupação esteja relacionada com a visita do papa Francisco durante a Jornada Mundial de Juventude, em julho. Beltrame explicou que a implantação da UPP no Cosme Velho, que estava marcada para 2010, não ocorreu devido às chuvas de abril. Mais cedo, o relações-públicas da PM, coronel Francisco Caldas, havia dito que a ocupação das três comunidades vai proporcionar maior segurança para os turistas que estarão no Rio e visitarão o Cristo Redentor durante a visita do papa em julho.

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