Luz na Infância 4

Polícia prende dez pessoas em Minas durante operação contra a pedofilia

Um cabo da Polícia Militar, que mora em Contagem, está entre as pessoas detidas na operação Luz na Infância 4

Por Lara Alves
Publicado em 28 de março de 2019 | 09:22
 
 
Ao todo, foram mobilizados mais de 1.500 policiais para o cumprimento da missão Marcelo Camargos / Agência Brasil

A Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu 16 mandados de busca e apreensão e prendeu 10 pessoas em flagrante, ao longo desta quinta-feira (28), como parte da operação "Luz na Infância 4", que visa o combate ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. Um dos presos é um cabo da Polícia Militar, detido ainda nesta manhã em sua residência, em Contagem. 

Os policiais atuaram em 16 cidades mineiras durante a manhã e a tarde e conseguiram cumprir um pedido de prisão em cada uma delas, as cidades envolvidas na operação foram Ubá, Juiz de Fora, Teófilo Otoni, Governador Valadares, Coronel Fabriciano, Alfenas, Machado, Brasília de Minas, Além Paraíba, Sabará, Santa Luzia, Contagem, Itabirito, Mário Campos, Belo Horizonte e Itabira. 

De acordo com a assessoria da Polícia Civil de Minas Gerais, na região metropolitana foram detidas seis pessoas, acusadas de armazenar, compartilhar ou produzir conteúdos atrelados à exploração sexual. 

A ação é a quarta parte da operação, realizada em conjunto com as Policiais Civis de 26 estados brasileiros e coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Em todo o país, foram cumpridos 266 mandados de busca e apreensão e, pelo menos um dos presos detido pela Polícia Civil, era produtor profissional de conteúdo pornográfico para a internet. 

Após o término da operação, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, o juiz Sérgio Moro concedeu uma coletiva de imprensa em que destacou a importância da "Luz na Infância". "É importante realizar na mesma data esses mandados porque a gente deixa claro que esse tipo de crime não pode ser tolerado. Atinge e vulnera o que a gente tem de mais valioso na nossa sociedade, que são as crianças e adolescentes", comentou. 

Uma equipe do Laboratório de Inteligência Cibernética da Secretaria de Operações Integradas, coordenada pelo Ministério de Moro, identificou mais de 6.000 endereços de IP, que levaram até as pessoas presas em flagrante. 

No Brasil, a pena para quem armazena conteúdos sobre abuso ou exploração sexual de crianças varia de 1 a 4 anos de prisão, de 3 a 6 anos por compartilhar e de 4 a 8 anos por produzir conteúdo relacionado ao crime. 

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)