Psicanalista

Programas das escolas precisam se adequar

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2011 | 23:55
 
 

Um destino da sexualidade. Assim é vista a transexualidade pelo psicólogo e psicanalista Paulo Roberto Ceccarelli, professor do departamento de psicologia da PUC Minas.


Segundo ele, no caso da mulher transexual, existe a grande dificuldade de aceitação do pênis que possui, e o homem transexual tenta a todo custo esconder os seios. Essa questão é a diferença-chave para os travestis, que não abdicam do “falo”. “A transexual tem uma parte de seu corpo que não reconhece como sua. É como uma pessoa que nasce com seis dedos. A travesti sabe que é homem”, diz.


Considerando que o lado social é o maior problema de qualquer pessoa, ele orienta que os pais e escola saibam lidar com os casos. A falta de aceitação pode desencadear a reclusão daquele que sofre preconceito. “O suicídio e o sujeito que se automutila são comuns”, alerta Ceccarelli.


O professor alerta para a necessidade de temas como a transexualidade serem tratados nas escolas, cujo programa deveria passar por reformas. “Educação sexual não é colocar camisinha na banana”, diz. Ele ainda lembra que a sociedade está mudando e que muitas crianças estão sendo adotadas por casais homossexuais, fato, que a escola não poderá ignorar mais. (AJ)