Escolhida por Maia

Relatora da intervenção no Rio aponta falta de dados no decreto

Origem dos recursos e estratégia básica estão entre os questionamentos da deputada Laura Carneiro; relatório deve ser apresentado na segunda-feira (19)

Sáb, 17/02/18 - 18h52

Escolhida para ser a relatora do decreto presidencial 9 288/2018, que formaliza a intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, a deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) já está trabalhando no relatório que deve ser apresentado nesta segunda-feira, 19, durante sessão de discussão da medida, na Câmara dos Deputados. Favorável à ação federal, a parlamentar questiona, no entanto, a ausência de detalhes sobre recursos e estratégica de atuação no decreto editado pelo Palácio do Planalto.

"Estou aqui num imbróglio porque tem alguns textos que deveriam estar no decreto e não estão. Onde estão os recursos (para a intervenção)? Qual é a estratégica básica pelo menos? (Falta) pelo menos exemplificar, determinar a base da estratégia, como a contenção das fronteiras do Rio, por exemplo", criticou.

A deputada relatou que irá conversar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para saber como atuar já que, segundo ela, não é possível alterar o teor da medida, como acontece em outras pautas em tramitação na Casa. "Vou conversar com deputado Rodrigo Maia. O decreto fala em usar os recursos do Estado. O Orçamento (para a Segurança Pública) no Rio de Janeiro é de 8 bilhões (por ano), mas quanto efetivamente você tem? A questão é qual a estrutura que basicamente o (general) Braga Neto vai ter?", disse.

Por fim, Laura Carneiro comparou a situação com a de uma guerra. "É como se você fosse para um guerra sem saber os recursos que você tem. Não é de pessoal não, é de logística. Tem que ver como vai ser feito, é uma questão mais técnica. E a gente (vai) especificar recursos da União", explicou.

 

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.