Maranhão

Retirada de óleo de navio encalhado foi iniciada nesta quarta

A embarcação contratada pela Vale está há 16 dias parada e já derramou 3,4 mil toneladas do conteúdo dos tanques

Por Folhapress
Publicado em 11 de março de 2020 | 19:49
 
 
A Vale e a Polaris são as empresas responsáveis pelo navio MV Stellar Banner, que afunda Marinha do Brasil

A Marinha informou que foi iniciada nesta quarta (11) a operação de retirada das cerca de 3,4 mil toneladas de óleo dos tanques do navio Stellar Banner, que está encalhado há 16 dias a cem quilômetros do litoral do Maranhão.

A operação está sendo realizada por empresas especializadas contratadas pela Polaris Shipping, que é dona do navio, e está sendo acompanhado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), com o apoio de avião dotado de sensores para identificar a presença de óleo no mar.

A Marinha, porém, não informou o prazo para a conclusão do trabalho, que é etapa fundamental no processo de resgate da embarcação. Após a retirada do óleo, as empresas devem tentar reflutuar o navio, para levá-lo de volta à costa.

Contratado pela Vale, o Stellar Banner está carregado com 295 mil toneladas de minério de ferro. Deixava o terminal da Ponta da Madeira rumo ao porto de Qingdao, na China, quando sofreu avarias no casco após tocar o fundo do mar no dia 24 de fevereiro.

Está encalhado em um banco de areia desde então, sob monitoramento da Marinha e do Ibama. Logo após o encalhe, foi detectada uma mancha de óleo de 800 metros quadrados no entorno da embarcação, que a Polaris classificou como "óleo morto", que estava no convés.

Depois, não foram identificados novos vazamentos. As equipes técnicas trabalharam para reforçar a vedação dos tanques. O óleo será transferido para barcaças com o objetivo de reduzir o risco de impactos ambientais durante a operação de resgate da embarcação.

Segundo nota divulgada pela Marinha nesta quarta (11) e o bom tempo permitiu o início da operação, que havia sido agendada inicialmente para a terça (10), mas foi adiada devido às condições meteorológicas desfavoráveis.

No sábado (7), um dos técnicos de empresa contratada pela Polaris sofreu um acidente e precisou ser encaminhado ao hospital. De acordo com a Marinha, ele recebeu alta um dia depois.