Ribeirão Preto alerta para risco de epidemia de chikungunya na cidade

Há risco de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) enfrentar uma epidemia do vírus chikungunya - doença considerada "prima" da dengue - em um prazo de três a quatros anos. A afirmação foi feita na manhã desta segunda-feira (25) pelo secretário da Saúde da cidade, Stênio Miranda.

Miranda disse em entrevista coletiva que, apesar de a cidade ter registrado queda no número de casos de dengue nos primeiros sete meses deste ano, é preciso reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor da chikungunya.

A doença apresenta sintomas como febre alta, dores no corpo e no fundo dos olhos, manchas vermelhas pelo corpo e dores nas articulações.

"A doença tem os mesmo sintomas da dengue, mas amplificados. Por exemplo, a pessoa apresenta dores nas articulações por meses, ou até mesmo anos. Ao contrário da dengue, em que essas dores só se manifestam por alguns dias", disse Miranda.

De acordo com o secretário, nenhum caso da doença foi confirmado em Ribeirão Preto ou na região. No entanto a vinda de estrangeiros de países da América Central, como Haiti e República Dominicana, para a região e a intensificação de turistas para esses locais, propiciam a propagação do vírus.

"Não há um risco de epidemia em curto prazo, mas em médio [prazo] há. Em três ou quatro anos, podemos ter uma disseminação do vírus, por isso precisamos reforçar o combate ao mosquito transmissor", disse Miranda.

Neste ano, o Ministério da Saúde foi notificado e confirmou 20 casos de chikungunya no país, 15 deles no estado de São Paulo. Segundo o governo federal, todos os casos foram "importados" - adquiriram o vírus no exterior - e não há indícios de transmissão no Brasil.

Além dos casos deste ano, o governo já havia sido notificado de casos da doença em 2010, em três pacientes, todos os casos também importados. De janeiro a julho deste ano, Ribeirão Preto registrou 361 casos de dengue. No mesmo período do ano passado, foram 13.105 casos da doença.