BRASIL

Sete morrem em ação policial no RJ

Operação na favela do Fumacê durou oito horas e contou com 250 homens

Por Da Redação
Publicado em 03 de setembro de 2007 | 21:16
 
 

RIO DE JANEIRO - Sete supostos traficantes morreram e dois foram presos ontem durante uma operação policial na favela do Fumacê, em Realengo, zona Oeste do Rio. Durante as oito horas em que os 250 policiais de delegacias especializadas estiveram na favela, houve vários tiroteios com traficantes, localizados em parte por denúncias feitas por moradores no momento da ação policial. Apesar do apoio da comunidade, o líder do tráfico da favela, identificado pela polícia como Thiago Bezerra da Silva Gomes, 28, o Thiaguinho, conseguiu escapar por volta das 5h com um de seus comparsas, conhecido como Português.

Thiaguinho tem mandado de prisão expedido por latrocínio (roubo seguido de morte) e é integrante da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP). A quadrilha que atua no Fumacê é conhecida pela extrema violência com que comete os assassinatos e roubos. Um dos homens que morreram hoje, Diego Sérgio de Araújo Soares, 24, conhecido como Monstro, teria participado do assassinato do policial da Delegacia de Repressão a Armas e Entorpecentes (Drae) Antônio Ferreira, em maio deste ano. Até o início da noite, além de Diego, apenas Genílson de Oliveira Mesquita, 18, havia sido identificado. Durante a operação, a polícia apreendeu sete radiotransmissores, uma granada de fuzil, uma granada defensiva, cerca de mil papelotes de cocaína, cinco tabletes de maconha, anotações do tráfico e seis pistolas, das quais uma pertencia à Polícia Civil do Rio e outra à Polícia Rodoviária Federal. A polícia vai investigar se as armas foram roubadas durante assaltos a policiais na região.

A ação, planejada por três meses, começou às 3h de ontem, com os policiais escondidos à espera do término de um baile funk que acontecia dentro da favela, segundo o delegado titular da Drae, Carlos Oliveira, que chefiou a operação. "Sabíamos onde estavam os principais homens do tráfico e conseguimos pegar a maior parte deles. Planejamos muito bem e tivemos a colaboração da comunidade. Por isso, nenhum inocente ficou ferido", afirmou o delegado. Pouco depois do final da operação, às 11h, Oliveira ainda se recuperava do susto de quase levar um tiro, quando entrou numa casa onde morreu o último suposto traficante. "Já estávamos indo embora quando chegou um informe que mostrava a localização de um criminoso. Quando abri a porta da casa, fui recebido com dois tiros que passaram bem perto do meu pescoço", contou. (Agência Estado)