Educação

Só 2% dos cursos de ensino superior têm nota máxima

Outros 7,4% foram reprovados em avaliação trienal feita pelo Inep

Sáb, 25/11/17 - 02h00
Avaliação de estudantes faz parte dos critérios para a nota do Inep | Foto: Marcos Santos/USP Imagens

BRASÍLIA. Em 2016, 50,5% dos cursos superiores avaliados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (Inep) obtiveram nota 3 no Conceito Preliminar de Curso (CPC), em uma escala que vai de 1 a 5. Já cerca de 300 cursos (7,4%) foram reprovados, obtendo notas 1 e 2 na avaliação.

Entre os cursos, 81 (1,9%) tiveram a nota máxima, que é 5. O conceito 4 foi conquistado por 1.690 cursos (40,3%). A nota 3 foi obtida por 2.117 cursos (50,5%). Outros 293 (7%) e 15 (0,4%) alcançaram, respectivamente, notas 2 e 1.

Além dos cursos, o Inep também avaliou as instituições, sendo que 66,7% também tiveram nota 3 no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC).

A nota 3 significa que o curso ou instituição está na média da área. O desempenho costuma ser melhor nas universidades públicas.

Os conceitos são calculados a partir de vários fatores, como avaliação dos estudantes, quantidade de professores com mestrado e doutorado, regime de trabalho integral ou parcial dos docentes, e questionamentos feitos aos alunos sobre a infraestrutura e outros aspectos dos cursos que frequentam.

Os dados detalhados por curso e instituição serão divulgados na segunda-feira.

Foi analisada a área de saúde

As avaliações dos cursos superiores são trienais. Os cursos analisados em 2016 – predominantemente na área da saúde, ciências agrárias e produção de alimentos – tinham sido avaliados pela última vez em 2013.

Em 2015, o Conceito Preliminar de Curso (CPC) se centrou em ciências humanas. Em 2014, em licenciaturas e ciências exatas.

No caso das instituições, o conceito é obtido fazendo uma média dos últimos três anos, dando maior peso aos cursos com mais alunos.

Comparação

Entre os cursos superiores públicos, 54,2% tiveram nota 4 e 35,8% nota 3.

É quase uma inversão do verificado nos cursos privados: 54,2% com nota 3 e 35,8% com nota 4.

Os cursos particulares, no entanto, estão em vantagem em relação à nota 5: 2,3%, contra 0,9% dos públicos.

Os cursos públicos têm mais doutores, enquanto nos privados prevalecem
os mestres.

Entre os cursos presenciais, 50,2% tiveram nota 3, e 40,4%, nota 4.

Na educação à distância, 68,6% tiveram nota 3 e 27,5% conseguiram nota 4.

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