Mental

Tipo de TPM é doença, segundo nova edição de ‘Bíblia’ da psiquiatria

Nova edição de manual usado no mundo lista sintomas de transtornos

Por Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2013 | 03:00
 
 
Tipo grave de TPM é um dos transtornos incluídos como doença no novo manual Julia Freeman-Woolpert/stockxpert

Washington, EUA. Diversas atitudes e sentimentos até então considerados normais passarão a ser classificados como doença mental pela quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, ou DSM-5, na sigla em inglês). O documento, cuja primeira edição foi lançada em 1994, é conhecido como a “Bíblia” da psiquiatria e será lançado neste fim de semana pela Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association, ou APA, em inglês). As informações são da BBC.


Usado por médicos do mundo todo, inclusive do Brasil, o DSM lista sintomas relacionados a cada doença e estabelece quantos deles são necessários para que um paciente seja diagnosticado com determinado transtorno mental.


Segundo críticos, a nova edição reduz o número de sintomas para o diagnóstico de alguns transtornos, além de ampliar o número de doenças, o que aumentaria os diagnósticos e, consequentemente, o uso de medicamentos e o mercado para a indústria farmacêutica.


Diferença. Uma das alterações é no caso de uma forma mais grave de Tensão Pré-Menstrual (TPM), o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, que figurava no apêndice da edição anterior do DSM, indicando a necessidade de mais pesquisas sobre o tema. No DSM-5, a condição é classificada como uma doença mental, com base em “sólidas evidências científicas”, segundo a Associação Americana de Psiquiatria.


Enquanto algumas alterações no manual têm sido recebidas de maneira positiva, muitas vêm provocando críticas e discussões exaltadas. Uma das mudanças mais polêmicas está relacionada ao diagnóstico de depressão.


Na edição anterior do DSM, pacientes que estavam em luto eram excluídos do diagnóstico, mesmo que apresentassem os sintomas, a não ser que o comportamento persistisse por mais de dois meses. Agora, após duas semanas, mesmo em luto, o paciente poderá receber diagnóstico de depressão.