Quase uma guru do empreendedorismo, Camila Farani é nome conhecido no universo das startups. Desde os 16 anos, ela se dedica a “ver e aproveitar oportunidades de mercado”. Para a investidora, o verbo empreender tem significado amplo: “É um estilo de vida”, resume. E não podia ser outro, pois ela foi a escolhida para abrir os trabalhos da terceira edição do Exchange Sebrae, em Belo Horizonte.
O evento, que começou ontem e conta com palestras, treinamentos e maratonas que discutem temas como o futuro da inteligência artificial, despertou o interesse dos mineiros. Prova disso é que os ingressos para o Exchange Sebrae, que termina hoje, se esgotaram rapidamente. Entre o público, a presença feminina foi destaque, arrancando elogios de Camila.
Entre as participantes estava Suzana Cohen, fundadora da Über Trends, empresa voltada para o estudo de tendências. Além do empreendimento, ela também se debruça sobre o tema em seu doutorado, pela Universidade de Lisboa. “A participação de mulheres, pelo que tenho visto, está realmente maior. E o evento entendeu isso, abrindo espaço para painéis que discutem questões de gênero, por exemplo”, elogiou Suzana.
Apresentadora do reality “Shark Tank Brasil – Negociando com Tubarões” (Sony), Camila também se dedicou ao tema do empreendedorismo feminino no evento.
Embora não surpreenda, a presença feminina também chamou atenção de Evandro Carmo, analista técnico do Sebrae e coordenador geral do Exchange 2018.
Se desconectando das “nuvens” para falar com a reportagem de O TEMPO, Carmo explica que o evento terá edições bianuais em Belo Horizonte, e diz que “não há foco, pois o objetivo desses encontros é conectar atividades diferentes”.
Por isso, mesmo que o público seja majoritariamente jovem e hiperconectado, engana-se quem pensa que o evento é voltado apenas para os que já estão muito envolvidos nesse universo. “Todo empreendedor é bem-vindo, inclusive os do mercado tradicional. O espaço é de troca, algo fundamental nesta era, na qual o conhecimento é exponencial”, salienta Carmo.
Pelo fato de o Exchange 2018 priorizar o diálogo entre diferentes frentes, é possível dizer que Felipe Matos é a cara do evento. Isso porque ele viveu (e registrou em livro) a experiência de alguém que assistiu o nascimento de pelo menos 10 mil startups, ainda que nem todas tenham prosperado. O belo-horizontino, que lançou o primeiro aplicativo para dispositivo móvel em 1999, oito anos antes do iPhone, e se dedica à tecnologia desde os 14, diz estar orgulhoso de compartilhar conhecimento com seus conterrâneos. “Era um sonho ver esse interesse dos mineiros pelo empreendedorismo de inovação”, assegura.
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