É velado em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, o advogado Pedro Juliano de Freitas Mendes, de 32 anos, que foi encontrado morto na última segunda-feira (20) dentro de seu apartamento, na rua Santa Rita Durão, na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte. O corpo será enterrado no fim da tarde desta terça-feira (21) também na cidade, onde vive a família da vítima.
O velório acontece na funerária Santa Casa da cidade e o enterro será às 17h30 no Cemitério Parque dos Montes. Um amigo do advogado, que preferiu não ser identificado, contou que ia passar o Carnaval em Salvador quando descobriu da morte de Pedro. "Ainda estou assustado com tudo que aconteceu. Eu estava seguindo para Salvador quando, em uma conexão em BH, fiquei sabendo dessa tragédia. Com isso retornei para Montes Claros e agora estou voltando para o velório. Pedro é amigo há quase 20 anos", lamentou.
Pedro Juliano é filho do promotor Marisson Maurício Mendes, que atua no Ministério Público de Montes Claros. A família da vítima é de Mato Verde, município do Norte de Minas localizado a cerca de 200 km de Montes Claros.
A morte
O corpo do homem foi encontrado no imóvel, que fica no 6º andar do edifício, quando a empregada doméstica da casa chegou ao local para trabalhar, por volta das 12h. Segundo a Polícia Civil, o corpo da vítima estava com um corte profundo no pescoço provocado por uma faca. A funcionária chegou a acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma ambulância foi até o local, mas os médicos já encontraram o rapaz sem vida.
Enquanto a perícia fazia os trabalhos de praxe, amigos e parentes estiveram no prédio. Nervosos, eles não quiseram conversar com a imprensa sobre o crime. Na rua, várias pessoas se aglomeraram, muitas delas jovens que choravam a morte do amigo.
“Ele veio com um rapaz para o apartamento dele ontem, por volta das 23h. Durante a madrugada, o jovem que estava com ele saiu e, depois, voltou com um outro homem. Devia ser umas 4h quando eles foram embora. São as últimas pessoas que estiveram com ele”, disse um conhecido da vítima que pediu para não ser identificado.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso e já conseguiu com a administração do prédio as imagens das câmeras de segurança do local, que foram divulgadas nesta noite pela corporação. Elas mostram os momentos em que os suspeitos, dois homens, estão no elevador. Além da doméstica, os investigadores já ouviram alguns parentes do advogado e o porteiro do edifício.
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