Belo Horizonte

Advogados batem boca em julgamento de acusada de matar síndica no Natal

Advogado de defesa da acusada acusou promotor de acusação de ser mentiroso e foi preciso intervenção do juiz para apartar os ânimos no tribunal

Seg, 15/04/19 - 16h05
Juiz teve que apaziguar ânimos do advogado de defesa e do promotor de acusação no Fórum Lafayette | Foto: Franco Malheiro/Web Repórter

Uma discussão marcou a retomada do julgamento de Raynne Maia Marques, de 29 anos, na tarde desta segunda-feira (15), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. Ela é acusada de matar a síndica do seu prédio, no dia 25 de dezembro de 2017.

Ao pedir direito a uma réplica, o promotor de justiça Francisco Santiago questionou ao advogado de defesa de Rayanne, Dracon Luiz Cavalcanti Lima, em quem parte do processo estavam os pontos em que ele citou durante sua defesa, como as notificações de multa, motivo que causavam constragimento a acusada. 

Na tese levantada pela defesa, Cavalcanti pediu aos jurados que considerasse o crime como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele argumentou, fazendo analogia a uma panela de pressão, que sua cliente era bastante pressionada dentro do condomínio, e que havia sido abandonada pelo marido. Ele também disse que a síndica a  perseguia cobrando multas e a discriminando do convívio social dentro condomínio.

O advogado de defesa, logo em seguida, acusou o promotor de não ter lido o processo, e o acusou de ser mentiroso. 

Foi necessária a intervenção do juiz do tribunal.

Mais cedo, durante a parte da acusação fazer o debate, o advogado teria interrompido o promotor e pedido para que gritasse menos. A expectativa é que a sentença do julgamento saia ainda nesta segunda. Veja aqui como foi a primeira parte do julgamento. 

Relembre

No dia 25 de dezembro de 2017, a síndica do condomínio ligou para o apartamento de Rayanne para saber o motivo do choro do filho de 2 anos dela. Rayanne, então, pediu para que a síndica subisse ao apartamento. Chegando lá, Rayanne desferiu uma facada no pescoço da vítima.

Leia a reportagem da época AQUI

 

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