O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Agostinho Patrus (PV), vai oficializar ao governo, por meio da Secretaria De Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Seinfra), que suspenda o trâmite do processo do Rodoanel até que todos os estudos e números sejam analisados pela Casa. O anúncio foi feito ao fim da audiência pública realizada nesta sexta (26).
"Vamos oficiar o governo do Estado solicitando toda a documentação, todos os estudos que são feitos para que possamos tratar sobre esse assunto. Tudo precisa ser clareado. Vamos requerer à Seinfra que, até a conclusão desses estudos e levantamentos, que se suspenda o trâmite da continuidade do processo. Se existe algo que não está claro, é importante que continuemos esse debate. Vamos tecnicamente analisar esses projetos. Não queremos que um projeto seja inviabilizado, queremos que o interesse público, da população, seja preservado", disse.
Ainda segundo o presidente, a ALMG se propõe, junto às prefeituras, trabalhar em conjunto para encontrar a melhor solução para o projeto. "A gente vai auditar esses números e estudos que estão sendo feitos. Só assim poderemos dar o aval desta Casa para uma obra tão importante para Minas Gerais. Que, na próxima semana, possamos nos reunir diante de um estudo técnico para podermos definitivamente carminharmos na solução desse problema", declarou.
Durante a audiência, o prefeito de Betim, Vittorio Medioli, também falou sobre os números obscuros da Seinfra a respeito do projeto. "Quase nada é claro. Por isso, acho que tem que ter uma auditoria desses números, pois percebemos que há interesses de grupos empresariais nesse projeto", declarou.
A prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), apoiou o pedido do presidente da ALMG. "O Estado precisa ouvir mais os municípios, a população. Não apenas fazer uma audiência formal. Até acho que a audiência pública da Seinfra na tarde desta sexta, às 13h, seja alterada, que o governo do Estado faça um novo cronograma. A proposta que fazemos é que o governo analise o projeto que Betim apresentou e que só faça a audiência após essa análise", disse.
No entanto, o pedido da prefeita não foi atendido inicialmente, pois, até as 13h30, o Estado mantinha a realização da audiência da Seinfra na Cidade Administrativa.
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