Audiência de Custódia

Alegação de doença psiquiátrica é recusada, e homem que esfaqueou ex segue preso

A defesa do engenheiro, de 33 anos, alegou que ele sofre de problemas psiquiátricos, porém, nenhum laudo foi apresentado

Qua, 25/05/22 - 18h00
Câmeras de segurança flagraram crime. | Foto: Câmeras de Segurança / Reprodução G1

Foi mantido preso pela Justiça de Belo Horizonte o engenheiro de 33 anos que esfaqueou a ex-mulher na frente dos filhos no bairro Gutierrez, na região Oeste da capital. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva após audiência de custódia realizada na tarde desta quarta-feira (25) na Central de Flagrantes da Polícia Civil.

Na decisão, conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), foi considerada a pena máxima para feminicídio (30 anos de prisão) e, também, o fato do crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher. 

"A custódia cautelar do agente se revela como medida processualmente adequada, não sendo aferível neste momento a viabilidade de imposição de outras medidas cautelares diversas da prisão, diante da extrema gravidade dos fatos, demonstrando a intensa periculosidade do agente", disse o juiz, que não teve o nome divulgado pelo tribunal.

A defesa do engenheiro argumentou que ele seria portador de doença mental, o que não foi aceito pelo magistrado, uma vez que nenhum documento que comprove a inimputabilidade foi juntado ao processo. Por fim, o juiz lembra que, caso qualquer patologia psiquiátrica fique comprovada ao longo do inquérito, "outras medidas poderão ser adotadas". 

Nos antecedentes criminais apresentados à Justiça, constam na ficha do engenheiro processos recentes de violência contra a mulher. Em 15 de novembro do ano passado ele foi solto após pagamento de fiança depois de também cometer crime contra a mesma mulher.

Vítima já recebeu alta

A advogada, que foi esfaqueada pelo suspeito na última segunda-feira (23), recebeu alta hospitalar na última terça-feira (24). A informação foi confirmada pela babá que ajudou a tirar o suspeito de cima da patroa. Os dois filhos de 7 e 10 anos presenciaram o esfaqueamento.

“Foi difícil acalmá-lós na hora. Eles acharam que tinham matado a mãe deles. As crianças passaram a noite na casa do pai. Estão bem, mas toda hora perguntam pela mãe. Ela fez uma chamada de vídeo com eles do hospital hoje para deixá-los mais calmos”, contou. 

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