Sabará

Alunos de 4 a 7 anos têm que atravessar avenida para lanchar na escola

Durante reformas em escola municipal, duas turmas estão recebendo aulas em prédio anexo; famílias reclamam do risco, mas instituição garante que professores e monitores acompanham alunas

Qui, 21/08/14 - 15h02

Devido a reformas no prédio da Escola Municipal Padre Geraldo de Souza, no bairro Roça Grande, em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, duas turmas de 18 alunos cada começaram a estudar em um prédio próximo à instituição desde a última segunda-feira (18). De acordo com denúncia da mãe de um dos alunos à reportagem de O TEMPO, os pais não receberam notificação da escola com antecedência sobre a mudança, e a volta à escola para lanchar e usar algumas instalações é um risco para as crianças, que t~em entre 4 e 7 anos de idade.

O anexo, cedido pela prefeitura, fica em um prédio em frente à escola, situada na avenida Henrique de Melo, e, segundo a secretaria municipal de educação local, possui estrutura adequada para receber os alunos. “Eles têm água, banheiros e carteiras próprias. Em alguns casos, estão melhores do que os alunos que continuam no prédio da escola”, afirma a inspetora da secretaria, Maria Alda Serbate Martins Borges. Porém, ao ser questionada, Maria Alda confirma que os alunos precisam atravessar a avenida para ter acesso a salas multimídia, biblioteca e fazer o lanche.

Para a diretoria da escola, a situação temporária não traz perigo aos alunos. “Há professores, pedagogos e monitores acompanhando-os. E, por incrível que pareça, as crianças menores são mais disciplinadas que as maiores”. diz a diretora, Edna Farias. Cada turma possui um professor e, em caso de alunos deficientes, uma monitora individual. Atualmente, duas turmas, uma do segundo período do ensino infantil e outra da primeira série do ensino fundamental, estão alojadas no espaço.

Escola recua parcialmente após reclamação

Nesta quinta-feira (21), uma nova turma do segundo período infantil também seria transferida para o anexo, mas, após objeção de uma das mães, a escola manteve a turna no local. “Temos tradição de manter um bom relacionamento com a comunidade. Então, após a reclamação da mãe, decidimos retornar com este grupo em específico”, afirma Edna. Quanto aos demais responsáveis, a escola afirma que todos estão cientes da situação e de acordo com a medida.

Sem previsão
Nem a secretaria municipal nem a direção da escola confirmam o prazo que vigorará a medida. “Esperamos que, no máximo, até o final do ano, tudo já esteja normalizado”, antecipa a inspetora Maria Alda. De acordo com a secretaria, as obras são de reforço estrutural no prédio da escola e têm caráter preventivo. 

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