Centro-Sul

Alunos depredam viatura da PM durante manifestação 

Estudantes reivindicavam melhoria em escola no bairro Coração de Jesus; adolescente foi apreendido

Sex, 14/03/14 - 21h46
Ato foi organizado para ser pacífico, segundo uma das alunas | Foto: Uarlen Valerio / O Tempo

Um menor foi apreendido e uma viatura da Polícia Militar (PM) foi danificada nesta sexta-feira (14) durante manifestação de estudantes da Escola Estadual Professor Mesquita de Carvalho, no bairro Coração de Jesus, na região Centro-Sul da capital. Durante o protesto dos alunos, que pediam melhorias na qualidade do ensino e no ambiente escolar, houve conflito com a corporação.

Um adolescente suspeito de jogar uma bomba em uma viatura, danificando o veículo, acabou apreendido e encaminhado pela polícia para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional. Uma das organizadores do protesto, Thais Dias Cordeiro, 14, afirmou que a manifestação pretendia ser pacífico, mas os estudantes foram recebidos com hostilidade pela PM. Segundo ela, o menor apreendido não é culpado pelos danos na viatura.

“Faltam até cadeiras para os alunos. Neste ano as coisas pioraram muito. Além do descaso da diretoria, convivemos também com alunos usando drogas, soltando bombas e indo para a escola com faca”, disse. Segundo ela, faltam professores, e a escola está depredada e precária.

Já o tenente-coronel Eucles Figueiredo Honorato Júnior, comandante do 22º Batalhão da PM, afirmou que o aluno foi detido porque estudantes jogaram bombas e pedras nas viaturas. “Não é apenas hoje que isso acontece. Na escola há marcas de bombas e buracos no telhado”, ponderou. Ele disse que a conduta dos militares será apurada e, em caso de excesso por parte de policiais, eles serão punidos.

Governo. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação explicou que dois dos professores estão de licença médica. A pasta informou que a escola participa do Fórum de Promoção da Paz no Ambiente Escolar, para que os alunos sejam conscientizados sobre a segurança na escola.

A diretora da escola preferiu não se pronunciar.

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