GREVE GERAL

Após manhã caótica marcada por protestos, trânsito flui melhor em BH

Motoristas e cobradores de ônibus aderiram às manifestações e coletivos não rodaram nas estações Pampulha, Vilarinho e Diamante

Por CAROLINA CAETANO
Publicado em 29 de maio de 2015 | 10:54
 
 
Estação Eldorado fechada na manhã desta sexta-feira ALEX DE JESUS

Após uma manhã caótica devida às manifestações, Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana, registram melhora no trânsito depois que quatro estações de ônibus foram fechadas nesta sexta-feira (29). No entanto, as estações do metrô seguem fechadas.

Usuários do metrô tiveram que arrumar outro meio de transporte nesta manhã. Mesmo com a decisão do Tribunal Regional do Trabalho em Minas Gerais (TRT-MG), determinando que os metroviários cumpram escala mínima com 50% dos trens circulando, a categoria optou por manter a paralisação geral. O ato faz parte do movimento da Greve Geral, que acontece em todo o país.

FOTO: ALEX DE JESUS
Estação fechada nesta sexta

No início desta sexta, além do metrô, motoristas e cobradores que atendem as estações Vilarinho, Pampulha, Diamante e Barreiro cruzaram os braços. As três primeiras tiveram os serviços normalizados antes das 10h.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Minas Gerais (STTR-BH) acompanhou as paralisações. Viaturas da Polícia Militar deslocaram para as estações, mas nenhuma ocorrência foi registrada.

FOTO: ALEX DE JESUS
Ônibus na estação Barreiro

Neste dia de greve, escolas estaduais e municipais aderiram à paralisação, assim como funcionários da saúde da Prefeitura de Belo Horizonte, que estão em greve desde o início desta semana.

Colaboradores dos Correios chegaram a manifestar na BR-262, na altura do bairro Universitário, na região da Pampulha. Por meio de nota, a assessoria de imprensa dos Correios informou que foi registrada a ausência de 267 empregados. No entanto, segundo a empresa, os serviços estão sendo executados dentro da normalidade, uma vez que, em todo o Estado, o efetivo dos Correios é de cerca de 13 mil funcionários.

Ainda conforme o comunicado, "a ausência registrada dos funcionários deve-se, em muitos casos, à dificuldade encontrada para chegar às unidades onde trabalham, devido à paralisação de categorias profissionais relacionadas ao transporte público".

Funcionários de uma empresa de call center também protestaram e chegaram a impedir a entrada de representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais (Sinttel) na empresa Master Brasil, no centro de BH.

Também no centro, Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) fecharam o cruzamento das avenidas Afonso Pena e Amazonas no sentido bairro Mangabeiras. Em seguida, eles deslocaram para o Ministério da Fazenda. Polícia Militar acompanha o ato, que segue pacífico.

Em Contagem, metalúrgicos fecharam duas pistas da Cardeal Eugênio Pacelli, perto da Magnesita, no bairro Cidade Industrial, em Contagem. Retenção no sentido Betim. O protesto causou lentidão nas principais vias do bairro Cidade Industrial, como avenida Babita Camargos e avenida Amazonas. 

FOTO: ALEX DE JESUS
Trânsito ficou lento na avenida Amazonas, em Contagem, nesta manhã

Com a falta de metrô, pontos ficaram lotados na parte da manhã. Conforme o TRT, não cumprindo a liminar, o Sindicato dos Metroviários pode pagar multa no valor de R$ 100 mil.

FOTO: ALEX DE JESUS
Ponto de ônibus no Cidade Industrial

As manifestações continuam durante o dia.

Greve Geral

A Greve Geral é contra o Projeto de Lei 4.330 — que pretende alterar as regras para a terceirização — e as Medidas Provisórias 664 e 665, aprovadas no início deste mês no Congresso Federal e que alteram alguns benefícios trabalhistas. 

"A PL 4330 veio para precarizar o mundo do trabalho. Não vamos aceitar e os protestos continuam na parte da tarde”, disse a presidente da Central Única de Trabalhadores de Minas Gerais (CUT-MG), Beatriz Cerqueira".

 

Atualizada às 11h58