Após três dias de protestos, caminhoneiros liberam rodovias em Minas

Caminhoneiros que estavam concentrados na BR-040, em três pontos da BR-381 e na BR-262 se dispersaram na manhã desta quarta-feira (25) após a entrega da liminar da Justiça com a determinação do desbloqueio das vias. Os protestos começaram no último domingo (22).

De acordo com funcionários do posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, os policiais conseguiram a liberação por volta das 06h30. Cinco viaturas da corporação estiveram no local.

Em seguida, na BR-381,em Igarapé, também na Grande BH, o documento também foi entregue aos manifestantes, que desbloquearam a via por volta das 07h50. Segundo funcionários do posto da PRF de Betim, que atende a região, além dos policiais rodoviários, militares do 33º Batalhão da Polícia Militar e o Batalhão de Choque deram apoio no local.

Minutos depois, as faixas da 381 em Oliveira e Perdões, na região Centro-Oeste do Estado, foram liberadas. Logo depois, os manifestantes desbloquearam a BR-262, em Juatuba e 381 em Itabira.

Por fim, foram liberadas a 381 em Barão de Cocais,  e a BR-040, em Congonhas, as duas na região Central do Estado. Além delas, a BR-365, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi bloqueada por algumas minutos, mas o tráfego voltou ao normal depois que policiais rodoviários cumpriram a decisão judicial.

Nessa terça-feira (24), a Justiça de Minas ordenou a liberação das rodovias federais do Estado. Caso a decisão não fosse acatada, cada motorista pode pagar  R$ 5.000  por hora parada. A multa para as associações que descumprissem a decisão chegaria a R$ 50 mil por hora.

As manifestações, contra a alta nos preços do combustível e dos pedágios e por melhores condições de trabalho, foram desencadeadas na madrugada de domingo e também atingiram outras cidades brasileiras.

Por causa da liberação, um longo congestionamento se formou que alguns trechos do Estado.

Liberação pacífica

Em Minas, a PRF não registrou confrontos ou presos durante os atos. De acordo com o caminhoneiro autônomo representante do movimento, Sidney Nascimento, todos os dias de protestos foram pacíficos.

“Não houve conflito porque era uma manifestação pacífica e por isso acatamos sem questionamento porque era uma decisão judicial. Não sei porque eles colocaram a liminar no meu nome. Eu não fiz nada do que outros caminhoneiros fizeram, mas isso causa receio. Não vejo, no momento, a possibilidade do movimento voltar aqui na região depois da liminar”, explicou o motorista.

Nascimento ainda espera uma boa notícia durante a reunião entre o governo federal com representantes dos caminhoneiros e empresários nessa quarta, às 14h, no Ministério dos Transportes, em Brasília. 

“O preço do diesel precisa baixar porque estamos sem condições de trabalho. Acho que a paralisação foi positiva, ela repercutiu muito no país. Nós mostramos que quem abastece o Brasil são os caminhoneiros. Por isso ainda esperamos que o governo tome uma atitude do governo federal que seja positiva para gente”, finalizou.

Atualizada às 11h46