BH deve ter chuva até metade de fevereiro; média histórica pode ser superada

São esperadas, pelo menos, mais duas semanas muito chuvosas em Belo Horizonte e nos municípios da região metropolitana, isto contando a partir desta segunda-feira (3), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Se até esta terça-feira (4), o tempo permanece entre parcialmente nublado e nublado com pancadas de chuva e trovoadas apenas entre os períodos da tarde e da noite, a condição meteorológica se tornará mais intensa nos dias seguintes.

A partir de quarta-feira (5), o céu permanece entre nublado e encoberto com precipitações, também acompanhadas por trovoadas, a qualquer hora do dia. O cenário atmosférico permanece assim até a próxima sexta-feira (7) e o acumulado de chuvas nesse curto período de cinco dias pode ultrapassar com facilidade 100 mm, um volume considerado significativo. 

"Nós não gostamos de estipular o acumulado de chuvas previsto. Numa área da cidade pode chover mais, em outra menos. Nós também sabemos que esse volume (de 100 mm) pode ficar concentrado em apenas um dia", explica o meteorologista Cléber Souza, do Inmet. 

No início da tarde desta segunda-feira, a Defesa Civil de BH emitiu alerta reforçando a possibilidade de tempestates entre terça-feira (4) e quinta-feira (6), incluindo a possibilidade do volume de chuvas ultrapassar os 100 mm no período. 

Média climatológica deverá ser superada

Apenas três dias transcorreram desde o início de fevereiro, mas já choveu em toda a cidade de Belo Horizonte pouco mais que 60% do esperado para o mês inteiro. Com a expectativa de mais temporais para os próximos dias –  entre segunda-feira (3) e sexta-feira (7) –, a média climatológica do mês deverá ser superada ainda nessa semana.

Historicamente, chove aproximadamente 181 mm no decorrer de todo o mês de fevereiro. Até esta segunda, já havia chovido 84,4 mm na cidade. "Pela indicação de modelagem, se chover o esperado para a semana, a probabilidade é que nos próximos dias a média histórica já seja superada. Vamos aguardar", comenta o meteorologista. 

Domingo de chuva forte

Importantes avenidas de Belo Horizonte precisaram, novamente, ser interditadas na noite desse domingo (2) por conta do risco de transbordamento dos córregos que as atravessam. O bloqueio dessas vias pouco durou e, após a passagem da chuva, puderam ser liberadas ao tráfego de motoristas.

Na Pampulha, a avenida Heráclito Mourão de Miranda foi fechada por risco de inundação. Já na regional Barreiro, com chance de o córrego Jatobá não conseguir conter a água e alagar as pistas, as avenidas do Canal e Senador Levindo Coelho também sofreram o bloqueio preventivo. Como já é de costume em períodos intensos de precipitação, a avenida Tereza Cristina também precisou ser interditada por risco de transbordamento do córrego Ferrugem e do Ribeirão Arrudas. 

Choveu extremamente forte no Barreiro e na região Oeste de BH. Apesar do elevado acumulado de chuvas na região Centro-Sul, por lá a chuva permaneceu apenas forte na noite desse domingo (2), assim como na regional Nordeste. Em Venda Nova e na região Norte, a precipitação foi classificada apenas como 'moderada' pela Defesa Civil do município. 

Janeiro mais chuvoso da história

Janeiro foi o mês mais chuvoso de toda a história de Belo Horizonte desde o início das medições climatológicas, há 110 anos. Segundo estatística do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nunca houve janeiro tão chuvoso ou qualquer outro mês (entre os 11 restantes do ano) tão chuvoso quanto este primeiro de 2020.

O acumulado mensal chegou a 932,3 mm após o temporal da noite dessa terça-feira (28). Até este janeiro, o recorde de mês mais chuvoso da história havia sido registrado em janeiro de 1985, quando o acumulado atingiu a impressionante marca de 850,3 mm.

Atualizada às 13h08