Balanço atualizado

Pelo menos dez mortos e 299 desaparecidos na tragédia em Brumadinho

Barragem I da mina Córrego do Feijão se rompeu no início da tarde da última sexta-feira (25)

Sáb, 26/01/19 - 05h45

Pelo menos dez pessoas morreram e cerca de 299 ainda continuam desaparecidas depois do rompimento da  barragem I da mina Córrego do Feijão, no início da tarde da última sexta-feira (25), em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. A informação foi divulgada neste sábado (26) pelo Corpo de Bombeiros. 

Segundo os Bombeiros, equipes realizam, neste momento, buscas na região da pousada Nova Estância, onde o professor e empresário Márcio Mascarenhas, fundador da rede Number One e dono do estabelecimento, foi encontrado morto. Além dele, foram achados os corpos de sua milher Cleo e do filho Márcio.

O Corpo de Bombeiros faz buscas por outras 35 pessoas, entre funcionários e hóspedes, que estariam na pousada no momento do desastre.

Os militares que atuam na tentativa de resgate de sobreviventes do rompimento da barragem da Vale também fazem buscas por outras vítimas na área da mineradora. São entre cem e 150 desaparecidos nessa região.

Outros 30 são procurados na Via Vertico e mais 140 na região do parque das Cachoeiras.

Moradores de Brumadinho e de cidades próximas foram alertados para abandonar suas casas e se refugiarem em outras cidades ou pelo menos em partes altas da cidade assim como habitantes de localidades que margeiam o rio Paraopeba, devido ao risco de transbordamento do mesmo.

Divergência de dados

Após reunião de autoridades da Sala de Comando de Operações, a Defesa Civil informou que foram nove óbitos, 23 pessoas internadas e 183 pessoas ilhadas que foram resgatadas. 

A Defesa Civil, entretanto, não trabalha com números de desaparecidos. O órgão informa que não conseguiram contato com 345 pessoas que estavam no local.  Desse total, 258 trabalhavam na Vale e 87 em empresas terceirizadas. 

As informações foram repassadas pelo Tenente Coronel Flávio Godinho. 

Questionado sobre o fato de os números não coincidirem com os que foram repassados ontem pelo Corpo de Bombeiros, de nove óbitos,  Godinho não soube explicar o motivo.

Atualizada às 12h08

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