Prevenção

Campanha é lançada para diminuir acidentes com linhas de cerol e chilena

Desde o início deste ano até o dia 16 deste mês, o hospital já atendeu 22 vítimas de linhas de cerol ou chilena

Qui, 19/07/18 - 14h44
No ano passado 25 pessoas foram atendidas no HPS vítimas de acidentes com as linhas | Foto: CHARLES SILVA DUARTE

Tentar reduzir os acidentes com com linhas de cerol e chilena é o intuito de uma campanha criada pelo Corpo de Bombeiros em parceria com a Guarda Municipal e o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Desde o início deste ano até o dia 16 deste mês, o hospital já atendeu 22 vítimas de linhas de cerol ou chilena. Esse número ainda deve aumentar já que a tendência é que o mês de julho seja o maior com esse tipo de acidentes.

Os agentes da campanha irão a praças, escolas e locais onde crianças e jovens soltam pipas para orientar e conversar com eles sobre o risco do cerol e linha chilena. A campnha vai acontecer em Belo Horizonte e na região metropolitana. 

Além disso, as ações de fiscalização serão intensificadas. As crianças e adolescentes são o principal alvo da campanha, mas os pais também serão orientados para conseguir tomar conta dos filhos.

“A questão da linha chilena e do cerol são antes de tudo uma questão cultural, então a maneira mais efetiva da gente erradicar esse uso não é a fiscalização ou a aplicação de multas que já existem. É realmente fazer as pessoas entenderem os riscos que estão associados a linha chilena e o cerol, já que ela pode matar uma pessoa. Do mesmo jeito que um pai não entrega uma arma para o filho, ele não deve entregar uma linha dessas. É uma questão cultural que temos que mudar”, explicou o chefe da assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara.

O tenente ressalta que a dificuldade no combate desse tipo de linha acontece porque as pessoas podem soltar pipas de qualquer lugar e muitas vezes elas não têm consciência do perigo da ação. No ano passado foram atendidas 25 pessoas atendidas no Pronto-Socorro João XXIII vítimas desse acidente ou seja neste ano o número deve ser bem maior, já que só até o meio do ano já foram 22 pessoas atendidas. 

Até o helicóptero Arcanjo 4, do Corpo de Bombeiros Militar entrou em seu rol de vítimas. No dia 15 de junho, a aeronave foi danificada por linhas de cerol que se enroscaram em seu rotor e impediram o funcionamento da aeronave prejudicando o socorro a vítimas.

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