Drogas liberadas, mulheres e carros com som alto eram as promessas dos cartazes que anunciavam a festa "Domingueira do pó", em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Para deixar o evento ainda mais peculiar, ele seria realizado ao lado da 58ª Companhia da Polícia Militar. A Polícia Civil investiga o caso e fez, na noite deSTE DOMINGO (29), uma operação para evitar que o evento, se fosse real, não acontecesse.
Segundo o delegado Márcio Castro, é grande a possibilidade de os cartazes não anunciarem uma festa real e serem uma forma de protesto - principalmente porque os policiais não encontraram nenhum sinal de comemoração no local. "Não descartamos a hipótese de a festa existir, mas nossa principal suspeita é que o autor dos cartazes seja um morador insatisfeito com as festas na cidade e esteja reclamando também da falta de segurança", afirmou.
Incômodo. Os cartazes foram afixados em postes e muros da região. Foram os próprios moradores e comerciantes que procuraram a polícia para contar do anúncio da festa. Segundo eles, os cartazes devem ter sido colocados na madrugada do último sábado. Muitos foram retirados ontem por policiais civis. "Ninguém anunciaria uma festa assim. E anunciar que seria ao lado da sede da polícia é praticamente uma chacota", disse o delegado.
De acordo com os dizeres, a festa seria na avenida Bernardo Guimarães, no bairro Londrina, onde fica a sede da polícia. Ao lado, há apenas um lote vago. Na mesma avenida, há três bares. Os policiais foram neste domingo (29) ao local e ouviram os moradores, que reclamaram dos problemas causados pelos estabelecimentos. "O barulho aqui incomoda muito, o pessoal não respeita nada. Além disso, falta segurança", contou a aposentada, Maria Antonieta, 60.
Segundo o delegado, a polícia vai ouvir moradores e comerciantes para tentar descobrir o autor dos cartazes e sua motivação. "Agora, o mais importante é descobrir o real motivo para esse anúncio", disse. Até ontem, a polícia ainda não tinha encontrado nenhum suspeito.
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